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É necessário criar comitês de autodefesa em Curitiba para enfrentrar a direita fascista

Desde o dia 08/04, milhares de militantes de vários partidos vindos de diversos estados do Brasil, além de sindicatos e integrantes de movimentos sociais, montaram um acampamento na região da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, onde o ex-presidente Lula está sendo mantido preso.

A “segurança” do local era garantida por várias viaturas da Polícia Militar, além da cavalaria, que cercavam 24 horas por dia as ruas que abrangiam o acampamento e que obviamente estavam ali para intimidar os manifestantes. A segurança dos militantes era garantida de fato por dois grupos de seguranças disponibilizados pela organização do acampamento e que se revezavam nos períodos noturno e diurno.

Após uma decisão judicial que determinou que os movimentos sociais deveriam pagar multa diária de R$ 500 mil caso mantivessem o acampamento original, um acordo feito entre a organização do acampamento e o governo do Paraná, determinou a mudança de endereço para pernoite e a cozinha dos acampados. Na sede da PF, ficaram apenas quatro barracas da organização, onde seguem sendo realizados os atos e eventos do acampamento.

Após dez dias, o acampamento foi desmontado nesta terça-feira 17/04 e transferido para um terreno particular, alugado pela organização, na esquina das ruas Joaquim Nabuco e São João, a cerca de 800 metros de onde estavam inicialmente.

Já na primeira noite no novo local, militantes do MST que participam do acampamento foram brutalmente agredidos em um trecho da Avenida Paraná, enquanto retornavam pelo caminho entre o local dos atos nas proximidades da PF e terreno para onde foram transferidas as barracas do acampamento.

De acordo com informações levantadas por companheiros do PCO que estão no acampamento, por volta das 19h30, aproximadamente 60 integrantes da torcida organizada Império Alviverde, do Coritiba, iniciaram uma provocação com xingamentos e empurra-empurra. Em seguida soltaram rojões e agrediram com barras de ferro e pedaços de madeira um grupo de 15 militantes do MST.  Dois militantes ficaram feridos e foram atendidos por uma ambulância contratada pela organização do acampamento e um permanece hospitalizado.

De acordo com o presidente estadual do PT no Paraná, Dr. Rosinha, apenas 3 horas depois do incidente, às 22h00, duas equipes da Rotam chegaram ao local para garantia da segurança. Dr. Rosinha declara que no acordo realizado nesta segunda-feira entre os organizadores do acampamento e órgãos estaduais e municipais, além da transferência do local do acampamento, estava prevista a segurança dos acampados. “Uma viatura deveria estar à disposição dos participantes da mobilização, mas nenhum efetivo policial ficou na área durante toda a terça-feira. Nós cumprimos o acordo com o governo do estado, mas o governo não está cumprindo o acordo conosco, que é de garantir a segurança no local”, destacou.

Além do episódio de violência contra membros do acampamento também foi divulgado que o carro do assessor de Lula foi arrombado e foram roubados celular, roupa e dinheiro além do passaporte do ex-presidente.

A secretaria de Segurança do Paraná ainda não se manifestou sobre os acontecimentos na noite de desta terça-feira.

Para reagir a provocações fascistas, como as que aconteceram com militantes do acampamento em Curitiba, é necessário difundir e organizar amplamente a formação de Comitês de Auto-Defesa de Trabalhadores.

Manter a resistência através da ampla mobilização e não se deixar intimidar pela direita e seus cães fascistas, são fatores decisivos nesse momento de luta contra o aprofundamento do golpe, que levou o ex-presidente Lula à uma farsesca condenação sem provas e à prisão inconstitucional em segunda instância.

NOTA DO ACAMPAMENTO LULA LIVRE EM REPÚDIO CONTRA AGRESSÕES

Ontem (16), pela manhã, a organização do Acampamento Lula Livre esteve reunida com representantes da Procuradoria do município de Curitiba, do Ministério Público, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, do Comando da Polícia Militar, e com o assessor da governadora Cida Borghetti.

Foi acordado nesta reunião que o acampamento seria realocado para terrenos privados, nas proximidades da Polícia Federal.

Cumprindo esta exigência, a organização do acampamento Lula Livre solicitou ao Governo do Estado e à Secretaria de Segurança Pública, que mantivessem nos locais de acampamento ao menos uma viatura policial, para garantir a segurança dos acampados. Acordo que, até o momento, não tem sido cumprido pelos órgãos de segurança pública.

Os acampados foram realocados para dois terrenos privados, conforme acordo, próximos à Polícia Federal. A falta de segurança levou a um ataque aos acampados localizado na esquina das ruas Joaquim Nabuco e São João, que foram atacados quando atravessavam a Avenida Paraná.

Um grupo de torcedores, que se autoidentificaram como integrantes da torcida do Coritiba Foot Ball Club , da Império Alviverde, agrediu agora à noite integrantes do MST, que ficaram feridos.

A organização do acampamento Lula Livre exige dos órgãos de segurança pública uma resposta quanto ao não cumprimento do acordo estabelecido em reunião. Ainda pede que as medidas cabíveis sejam tomadas e que a segurança seja efetiva nos locais onde permanecem os acampados.

Não seremos intimidados, nossa organização e mobilização seguirá forte!

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