As manifestações da última quarta-feira (15) abriram o caminho para uma mobilização ainda maior contra o governo Bolsonaro. Em todo o Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas foram as ruas contra os cortes promovidos na Educação, pela liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro. Os estudantes, professores e trabalhadores que se fizeram presente demonstraram lucidez a maturidade ao entoar o grito por “Fora Bolsonaro”, uma vez que luta fragmentada contra os diferentes ataques desferidos contra o povo é um caminho para a derrota.
Além disso, em diversos lugares, fascistas foram colocados para correr pela parte mais esclarecida dos companheiros presentes. É preciso lembrar sempre da importância de defender as manifestações do povo do assédio de coxinhas e fascistas que usam a imagem e a simplicidade de muitos para distorcer os fatos.
Da cidade de Jundiaí, no interior do Estado de São Paulo, vem o exemplo de como um fascista deve ser tratado e da importância política de não permitir que o fascismo assedie os nossos companheiros. Na manhã dessa quarta-feira (15), aconteceu em Jundiaí uma manifestação organizada por vários grêmios estudantis do município, no âmbito da greve geral da Educação que ocorreu em todo o País.
Os militantes do Partido da Causa Operária participaram do ato com bandeiras, venda de jornais e distribuindo materiais da campanha “Fora Bolsonaro” e da campanha “Liberdade para Lula”. Os manifestantes levaram vários materiais e demonstraram apoio à luta contra o golpe.
Entretanto, eis que um coxinha ilustre e representante do MBL decidiu ir até o ato para provocar e causar intriga com as pessoas. Em um dado momento do ato, durante a fala de alguns estudantes, os companheiros do PCO perceberam que havia um infiltrado da manifestação. Como já dito por outras pessoas, “felizmente o PCO apareceu”. Imediatamente depois de ser percebido na multidão, foi exigida sua saída dali som das palavras de ordem “Fora fascista e “Fora MBL”, colocando o provocador para correr.
Essa é postura correta que deve ser defendida e aplicada por toda a esquerda. Afinal de contas, o MBL já se demonstrou ser inimigo da maioria da população, atacando os direitos dos negros, dos trabalhadores e da juventude. O MBL e qualquer outro movimento fascista que queria se infiltrar em uma manifestação popular precisa ser colocado pra correr.
A surpresa foi a esquerda pequeno-burguesa protegendo o fascista, diziam que “violência gera violência”, pediam passividade, e ainda queriam que ele fosse participar de um “debate” para “defender o indefensável”. A esquerda pequeno-burguesa dizia aos estudantes que o bolsonarista não falaria porque fugiu, a verdade é que ele foi expulso pelo ativismo presente no ato.
Essa postura precisa ser superada: companheiros que se dizem de esquerda mas tentam abrandar a legítima reação popular contra um algoz. Isso representa o exato oposto da organização do povo e do esclarecimento sobre a luta política que é a única forma de atender aos interesses da imensa maioria de explorados.
Atitudes conciliadoras como essa que setores da esquerda pequeno-burguesa defendem só servem para fortificar a extrema-direita e sendo assim, mais ataques às organizações de esquerda, de estudantes, de trabalhadores e organizações populares em geral.
Os estudantes e militantes decididos mostraram como agir diante das provocações dos fascistas, já que de forma alguma eles estarão nas ruas lutando pelos direitos do povo e sim para provocar e atacar!
