Em matéria publicada no Portal da Central Única dos Trabalhadores (CUT), pelo companheiro Paulão Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNMCUT), sob o título “É hora de avançar na luta em defesa dos nossos sindicatos!“, destaca-se os ataques sofridos pelos trabalhadores que, além serem alvos da própria pandemia com a perda de parentes e amigos estão perdendo direitos, por conta das “do governo de Bolsonaro (sem partido), que só governa para o patrão e coloca a economia na frente da vida”, segundo o autor que ainda desta, acertadamente, que esta ofensiva se viu apoiada pelo plenário do Superior Tribunal Federal (STF) que no último dia 17, por 7 votos a 3, “derrubou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.363, deferida pelo Ministro Lewandowski, referente a Medida Provisória (MP) 936”.
O companheiro, no entanto, deixa de lado uma questão fundamental, neste momento. Não vai haver campanha alguma, se a maioria dos sindicatos permanecerem fechados, como propõem e fazem hoje milhares de dirigentes sindicais de todo o País, alguns deles inclusive – e infelizmente – ligados à CUT, adotando uma posição que, de fato, significa deixar os trabalhadores à própria sorte.
Também não pode haver campanha contra os inimigos dos sindicatos, da organização e da luta dos trabalhadores, com a política adotada por alas da burocracia sindical que resolveram de conciliação com a direita que organiza o ataque aos sindicatos e aos trabalhadores, como é o caos não apenas dos bolsonaristas mas de toda a direita golpista que teve alguns dos seus principais representantes convidados por sindicalistas – num um ato verdadeiramente criminoso – para participarem do ato do Dia internacional de luta da classe trabalhadora, como é o caso do famigerado ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) , do governador genocida e fascista do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM), que foi apresentado pelo presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, como “general da reforma da Previdência”, contra a qual a CUT se posicionou.
É preciso ter claro que essa luta só por se processar contra essa política de conciliação e com uma proposta concreta de mobilização dos trabalhadores, para o que os sindicatos abertos e livres da influência da direita golpista são fundamentais.