O ano de 2020 já iniciou turbulento no cenário político brasileiro. Com uma crescente polarização que se faz presente no país, o aumento nas tarifas do transporte público que aconteceram em todo território nacional já foram responsáveis por levar nos primeiros dias do ano, em plenas férias, centenas de pessoas às ruas. E agora, com o sucesso do primeiro ato, o movimento tende a crescer, levando com que hoje os paulistanos venham a tomar as ruas novamente.
Em São Paulo, onde tradicionalmente o movimento inicia, dado ao maior nível de organização, mais de 500 pessoas ocuparam as ruas da capital, dando inicio este que foi o primeiro ato de 2020, contra o aumento das passagens. Sendo assim, o ato que está programado para ocorrer hoje como forma de dar uma continuidade crescente nas manifestações, tende a ser um passo importante para que o movimento desenvolva-se ainda mais.
Especificamente no estado paulista, a passagem chegou a absurdos R$ 4,40, um aumento de 20 centavos ocorridos sem aviso prévio na virada do ano. Tal política de aumento foi repetida nacionalmente pelos direitistas que controlam os estados e municípios, chegando em alguns lugares a ter aumento de quase 1 real, um total ataque aos trabalhadores e a juventude, que tornam-se impedidos de ter seu direito de ir e vir garantidos, devido ao abusivo custo das passagens.
Junto ao aumento dos preços vem a redução no número de linhas em São Paulo, representando um aprofundamento na destruição de todos os serviços sociais, hoje vítimas da extrema-direita, ainda mais no caso paulistano, onde tanto o governador quando o prefeito da capital são do PSDB, sendo estes verdadeiros fascistas conhecidos por ataques brutais ao povo pobre, seja nas invasões e massacres na periferia, seja na destruição de todos os direitos, em sintonia com o governo do fascista Jair Bolsonaro.
Por isso, a revolta popular aparece de maneira imediata. Após um ano de governo Bolsonaro, o povo brasileiro foi intensamente esmagado pela extrema-direita, e agora, com toda crise que atinge o continente, os brasileiros voltam a tomar a frente nas mobilizações, um claro sintoma do nível de radicalização que aos poucos aumenta no país. Pois, mesmo em um momento do ano onde as direções da esquerda tenham entrado de vez em férias e abandonado as atividades políticas, o povo demonstra querer agir imediatamente contra os golpistas.
A luta popular, que tem grandes possibilidades de expandir-se neste ano, exercerá um papel fundamental na continuidade ou não de Bolsonaro no poder. Após o primeiro ato, diversas cidades em todo país brecaram momentaneamente o aumento das passagens, um sinal de medo da burguesia frente a mobilização popular.
Sendo assim, com a luta intensificando-se, naturalmente palavras de ordem contra os governos direitistas tomarão, assim como já o fazem em grande medida, proporções extremamente elevadas. O povo não quer mais saber da dinastia tucana em São Paulo, dos fascistas Dória e Covas, por isso, levantar o Fora Dória e Fora Covas em conjunto com o Fora Bolsonaro é uma tarefa essencial e extremamente popular que garante uma destruição da política golpista em toda sua estrutura.
Hoje será mais um dia de luta pela redução das passagens, e pelo Fora Dória, Fora Bolsonaro. Uma deixa para toda a esquerda que está em paralisia passar a se mover, e fazer com que a mobilização brasileira seja a maior de todo continente.