Diante do cenário de crise política e econômica que o Brasil vem sofrendo, a classe trabalhadora é sempre a mais atingida e, em especial, as mulheres, que diariamente sofrem as duplas jornadas de trabalho.
Nessa semana foram denunciadas creches irregulares no Distrito Federal, o que dificulta exponencialmente a vida da mulher no mercado de trabalho. Com a escassez das creches públicas e de boa qualidade, as mães recorrem às creches privadas, que segundo estudo, no DF, a maioria funciona de forma irregular e são verdadeiros depósitos de crianças.
O caso veio a tona, pois uma criança foi esquecida em uma escola. O responsável foi buscar a criança, mas a escola já estava fechada, a avó ligou para dona que abriu o estabelecimento e a criança estava lá com hematoma na boca.
A discussão sobre creches públicas está diretamente relacionada com a situação da mulher trabalhadora, que não tendo onde deixar seus filhos, acaba ficando fora do mercado de trabalho.
Num país onde o direito ao aborto é negado, a extrema direita também nega diversos direitos básicos às mulheres, como no caso das creches públicas, pois é claramente um dos pilares de sustentação da exploração e escravização da mulher operária.
Cabe à população pressionar o governo e denunciar esses ataques, deixando claro que é dever do Estado a manutenção das creches públicas para que a mãe trabalhadora consiga trabalhar.