Nessa semana, o deputado federal João Campos (PSB-PE), filho do ex-presidente do PSB Eduardo Campos e principal trunfo eleitoral do partido, apresentou uma proposta de emenda à PEC da Previdência. Segundo a proposta, 20% do montante que será “economizado” pela reforma da Previdência deverá ser investido na Educação.
Desde que o governo de Dilma Rousseff foi derrubado, vários setores da esquerda nacional passaram a defender, em diferentes momentos, uma frente com partidos da burguesia – a chamada Frente Ampla. O PC do B e elementos da ala direita do PT, como Jaques Wagner, são os grandes propagandistas dessa frente, que contaria com partidos como PSB, o PDT e até mesmo a Rede.
A proposta de João Campos, no entanto, mostra que a frente com partidos da burguesia é uma política completamente inútil. Afinal, se João Campos apresentou uma emenda à PEC da Previdência, isso significa que ele defende a reforma da Previdência. “Reformar” a reforma da Previdência é concordar com a reforma – é, portanto, colaborar com o governo Bolsonaro para destruir os direitos trabalhistas.
Fazer uma frente com um partido que defende os ataques de Bolsonaro aos trabalhadores é injustificável. É necessário combater todos os vigaristas que estão dando sustentação ao regime político e permitindo que a burguesia saqueie todo o patrimônio do país.