Da redação – Na última quinta-feira, 20 de setembro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que foram presos 34 gerentes de supermercado ligados à burguesia venezuelana. Segundo Maduro, eles violaram a lei, escondendo produtos da população e cobravam altos preços para que as mercadorias fossem retiradas.
Esse anúncio foi dado pelo Presidente Maduro no palácio presidencial de Miraflores, no qual ocorria um Conselho de Ministros e foi transmitido pela rede de televisão estatal venezuelana.
A série de detenções foi realizada pela Superintendência para a Defesa dos Direitos Socioeconômicos (Sundde) e pela Polícia Nacional Bolivariana. Só na capital, Caracas, foram vários os locais onde tais prisões ocorreram, tais como, Los Palos Grandes, Plaza Las Américas, La Urbina, Chacaíto, Bello Campo, Guatire e Avenida Vitória. Houve detenções também nas cidades de Los Altos Mirandinos, Barcelona e Puerto La Cruz.
É frequente a descoberta de grandes quantidades e toneladas de alimentos e remédios escondidas em galpões de supermercados, muitos com o prazo de validade vencido, sobre os quais os capitalistas, ao mesmo tempo em que especulam com seus preços, jogam a culpa no governo pela escassez artificial desses produtos.
A atividade desses gerentes de supermercados demonstra como a burguesia venezuelana, que é capacho do imperialismo norte-americano, age sabotando a economia do governo do presidente Nicolás Maduro.
Essa é a forma de como é forjada a “crise humanitária” na Venezuela divulgada amplamente pela imprensa internacional financiada pelo imperialismo. Somado a isso, os Estados Unidos da América, Canadá e a União Europeia impõem sanções econômicas sobre o governo de Maduro, impedindo que o país possa comprar alimentos e medicamentos, destruindo as condições de vida do povo venezuelano.
O imperialismo atua de todas as maneiras possíveis para impor um golpe contra o governo de Maduro e saquear as reservas petrolíferas dos venezuelanos. Para isso, tentaram assassinar Maduro no início do mês de agosto; neste mês, foi revelado que os Estados Unidos da América estão articulando com os setores das Forças Armadas dissidentes do governo venezuelano; fora as declarações recentes do golpista uruguaio Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que defendeu uma intervenção para uma “restauração da democracia” na Venezuela.
Frente aos golpes de Estado na América Latina, como no Brasil, Equador, Paraguai, Honduras, Argentina, Peru e Chile, o governo de Maduro resiste com garra às forças imperialistas ao combater os inimigos do povo venezuelano.