O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta terça-feira (12/11) que entregará mais de 320 mil fuzis à Milícia Bolivariana, por intermédio de suas Forças Armadas. Este arsenal deve auxiliar o trabalho de patrulhamento popular das ruas do país, que iniciou na quinta-feira e continuará até o último dia do ano.
O informe ocorreu durante uma atividade das Unidades Populares de Autodefesa Integral, e logo após a oposição – encabeçada por Juan Guaidó – convocar manifestações contra Maduro para o dia 16 de novembro.
Maduro também orientou a integração de todos os milicianos à Universidade Militar Bolivariana, através da criação da Escola Antiimperialista de Capacitação da Milícia e de Quadros da Revolução. A intenção também é apresentar para a Assembleia Constituinte um projeto de aumento dos salários dos milicianos.
O governo bolivariano é consciente de que apenas a força será capaz de defender a autonomia do povo venezuelano perante os ataques imperialistas. Não há ilusões de que o imperialismo e seus lacaios da burguesia local respeitarão princípios humanistas ou democráticos. É esta política que tem garantido a continuidade dos governos bolivarianos na Venezuela, por mais de duas décadas, apesar dos frequentes ataques. Enquanto isso, outros governos nacionalistas, que não apostam na mobilização do povo, vão sendo derrubados, um a um, no restante da América Latina.