O Partido da Causa Operária decidiu romper o atual estágio de letargia em que se encontra a maioria da esquerda brasileira em um momento que talvez seja o pior já enfrentado pelos golpistas.
Bolsonaro chegou ao poder após uma fraude descarada que colocou o candidato que ganharia a eleição – talvez até em primeiro turno – na cadeia. Essa foi a única maneira que os golpistas encontraram para não perder uma eleição para Lula mesmo depois de terem dado um golpe de Estado em 2016 e terem colocado em marcha uma campanha de calúnias contra o PT, Lula e toda a esquerda.
Apenas esses fatos mostram a total debilidade da direita golpista. Mas finalmente Bolsonaro se tornou presidente. Um presidente, pelas próprias circunstâncias, cambaleante. Com uma base de apoio que não passava de cerca de 15% da população. A extrema direita.
No governo, como seria natural, essa base se desfez ainda mais. Bolsonaro foi sendo esmagado por uma série de acontecimentos que colocar seu governo na corda bamba. Talvez o mais importante acontecimento de todos seja a desmoralização da operação Lava Jato. Vieram à tona, com os vazamentos do site The Intercept, toda a articulação política que muitos já sabiam, para perseguir Lula.
A desmoralização da Lava Jato significa a desmoralização de um dos principais pilares de sustentação do golpe. O governo Bolsonaro é o governo da Lava Jato.
Voltemos ao início desse artigo. Mesmo com todo esse cenário positivo, que inclui aí as enormes mobilizações dos últimos meses contra Bolsonaro, a esquerda está cada vez mais paralisada. Essa situação é consequência da política completamente oportunista de setores da esquerda pequeno burguesa que decidiram se enveredar para o caminho de uma aliança com os golpistas. Buscando uma frente com o PSDB, esses setores estão levando toda a esquerda a ficar a reboque da direita golpista que já percebeu a debilidade de Bolsonaro e quer usar a esquerda para se reabilitar.
Por isso o PCO e companheiros do PT e dos comitês de luta contra o golpe tomaram a iniciativa de convocar caravanas para Curitiba neste dia 14, sábado. É preciso retomar as mobilizações com uma política correta, chamando o povo a defender a imediata liberdade para o ex-presidente Lula e a pedir o fora Bolsonaro. Esse iniciativa passa pelo convite para todos aqueles que queiram estar em Curitiba, de todos os partidos e organizações populares e sindicais que consideram essencial a luta pela liberdade de Lula.
É amanhã! Todos a Curtiba! Pela liberdade de Lula, fora Bolsonaro!