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Não existe saúde

Duas horas agonizando: o “combate” dos golpistas à COVID-19

O Estado burgues não consegue oferecer o mínimo para a população, e mesmo o que existe está sendo retirado

Maria Zoraide de 67 anos, ficou quase 2 horas à espera de uma ambulância do samu, na cidade do Rio Janeiro, a idosa passou mal e desmaiou dentro do ônibus na manhã de quinta feira (30) na zona Oeste da Cidade.

A idosa caiu no assoalho do ônibus, depois que este passou sobre um buraco na estrada. Os passageiros começaram a gritar, o motorista parou o ônibus e eles chamaram o Corpo de Bombeiros.

Depois de esperar 1 hora e 40 minutos por uma ambulância, os bombeiros não chegaram e o motorista resolveu levar a vítima, de ônibus, até a Unidade de Pronto atendimento (UPA) mais próxima.

Na unidade, ela recebeu os atendimentos, mas precisou ser transferida para o Hospital Salgado Filho, na Zona norte da cidade. Novamente, Maria Zoraide ficou mais de 1 hora esperando uma ambulância.

Um passageiro que ajudou a socorrer a idosa gravou um vídeo relatando a demora do atendimento.

“A gente tá aqui há mais de 1 hora, com uma senhora passando mal dentro de um ônibus caída e todo mundo ligou para o bombeiro e até agora não veio um atendimento, um absurdo”.

Não existe uma estrutura pública de saúde que seja capaz de atender a população com dignidade no país, a situação que era ruim ficou pior com golpe de Estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff.

O Governo golpista de Michel Temer, que substituiu o governo de Dilma, teve como primeira medida a implementação da PEC da morte, Emenda Constitucional 95/16, que congelou os gastos públicos durante vinte anos, ou seja, o que era ruim ficou pior. Juntado isso a política neoliberal que é a de desmonte do Estado, para beneficiar os grandes capitalistas, e mais a pandemia, resultou-se o caos atual.

Essa situação ocorre em todo País, de maneira mais intensa em alguns lugares e menos em outros, o fato é que a realidade é obscura. Em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal, em 2016, Antônio Paiva filho morreu no hospital regional da cidade, pois a ambulância do SAMU, que deveria transporta-lo para uma UTI, que não tem no hospital de Planaltina, não tinha combustível e o paciente não resistiu à demora do transporte e morreu.

Torna-se mais urgente a organização dos trabalhadores, para derrubar o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, pois são os governos da burguesia, isto é, da direita e da extrema direita os causadores desta crise social, que atinge com mais intensidade a classe trabalhadora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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