Dezoito anos após a invasão do Afeganistão (2001), a população afegã ainda sofre com as atrocidades do imperialismo estadunidense. Na noite de quarta-feira (19) um ataque com drones realizado pelos EUA matou ao menos 30 civis que se encontravam descansando após passarem o dia colhendo pinhão.
Segundo fontes do governo afegão, o ataque deixou outras 40 pessoas feridas. De acordo com o líder comunitário Malik Rahat Gul, da cidade de Wazir Tang, leste da província de Nangarhar, logo após serem alvejados criminosamente pelos EUA, os trabalhadores acenderam uma fogueira. Ademais, várias das 150 pessoas que estavam no local durante o ataque ainda estão desaparecidas.
“Forças dos Estados Unidos conduziram um ataque com drones contra terroristas do Estado Islâmico (EI) em Nangarhar” disse o porta-voz das forças americanas em Cabul, coronel Sonny Leggett. “Nós estamos cientes das alegações de morte de não combatentes e estamos trabalhando com o governo local para determinar os fatos”.
É importante frisar que – o Estado Islâmico foi criado após a invasão dos EUA no Iraque (2003) –, cuja ação promoveu uma fratura no território iraquiano – alterando a composição dos diferentes grupos militares existentes e levando a formação do grupo extremista. Aproveitando o desenvolvimento do EI que, no momento, direcionava-se de forma combativa à derrubada do regime de Bashar al-Assad na Síria, que, também, era objetivo dos EUA.
Esse é apenas mais um massacre dos EUA contra populações oprimidas. Enquanto o EI defendia os interesses dos EUA, os grupo extremista não apenas cresceu, como recebeu apoio logístico e operacional por parte do governo estadunidense. Agora que a situação do EI fugiu do controle e já não constitui um aparato militar capaz de atender aos seus interesses, os EUA estão fazendo o descarte.