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Genocidas

Doria e Covas transformam SP em um gigantesco cemitério

No Estado e Cidade mais ricas do País, o qu ese vê é a repetição da politica criminosa da extrema-direita no governo federal de "deixar morrer"

Evidenciando o tamanho do colapso total do Estado de São Paulo e da sua Capital, que detêm – respectivamente – o segundo e o terceiro orçamento públicos do País, o governo tucano Bruno Covas anunciou ontem (dia 7) o início de uma  operação para abrir 600 valas por dia na capital paulista. Além dessa medida emergencial, a Prefeitura também anunciou nos últimos dias a “reciclagem” de cova, ou seja, a desocupação de jazigos com tempo de uso ultrajado, para reaproveitamento, e também que estuda a construção de um cemitério vertical, além de  fazer convênios com crematórios de municípios da Grande São Paulo.

No momento em que está superando a nefasta marca de 80 mil mortos na pandemia no Estado (cerca de 25% do total nacional), em números oficiais (sabidamente falsificados), a meta declarada de integrantes da própria administração peessedebista “é evitar que São Paulo registre episódios como o de Manaus, onde corpos chegaram a ser enterrados em valas coletivas durante a pandemia”.

Por detrás da enorme campanha publicitária e de caráter claramente eleitoral que procurou apresentar os “administradores” do PSDB como “eficientes”, “científicos” e até como “salvadores da pátria”, como se viu na questão da encenação da vacina, o que se vê é que não há em SP – como em todo o País – qualquer política de combate à pandemia: não há e nunca houve testes em massa, não houve medidas de prevenção como distribuição de equipamentos de prevenção; não houve investimentos para ampliar a rede pública de saúde e dar-lhe condições para atender à população; sequer houve reposição dos trabalhadores da Saúde afastados pela doença e, é claro, esses  “saudados” servidores (como todo o restante do funcionalismo) foram “premiados” com novos congelamentos de seus salários que já dura mais de cinco anos.

Se em nível nacional a vacinação é uma grande farsa, em SP, sede do Instituto Butantan, chefiados pelos tucanos há quase 30 anos e – como todos os órgãos públicos do Estado, duramente atacados pela política de privatização e de cortes de investimentos que atingiu a todas as instituições do Estado e órgãos públicos do Estado mais rico do País – a situação não é diferente. Até ontem haviam sido vacinados pouco mais de 5,1 milhões de habitantes (11% da população do Estado), com o uso de pouco mais de 2/3 das doses recebidas por SP. Menos de 1,9 milhão de pessoas haviam sido supostamente imunizados com a segunda dose equivale, o que representa cerca de 4% da população paulista.

A campanha publicitária do “Partido da Imprensa Golpista”(PIG) que procurou apresentar o governador paulista como um verdadeiro herói nacional, o “São João Doria da Vacina”, obviamente, ocultou o fato de que os tucanos impuseram ao Estado e ao País uma das vacinas mais caras do Mundo e a segunda de menor eficácia geral em todo  o Mundo e, de fato, impediram com sua política das última décadas de que o Estado e o País tivessem um política autônoma e soberana diante da crise, levando adiante um esforço real, com pesados investimentos, para que o País produzisse sua vacina, o que aqui teria que ser feito por instituições públicas – como o Butantan e a Fiocruz – , para o que seria necessário vontade política e pesados investimentos. É claro que SP teria condições de fazer-lo, como fizeram países de economia capitalistas atrasados como a Rússia e China, e mesmo a pequena e gloriosa ilha do Caribe, submetida ao bloqueio dos EUA e de todas as potências capitalistas, Cuba, que neste momento realiza testes da segunda fase de sua vacina com quase 100 mil cubanos e pretende produzir – com muito menos recursos que SP – 100 milhões de doses da vacina Soberana, até o final desse ano.

Sem fazer nada para – de fato – combater a pandemia, os governos paulista e paulistano, seguem Bolsonaro a quem fogem se opor, e levam a “locomotiva” nacional a um retrocesso sem igual e seu povo a um sofrimento desnecessário, ficando próximo das 1,5 mil mortes diárias e já acumulando quase 600 pessoas mortas na fila de espera por uma vaga nas UTIs. Por conta disso, SP se aproxima do esgotamento total estando cada vez mais próximo de esgotar todos os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Mostrando que não houve qualquer planejamento para combater a pandemia, de fato, abundam os improvisos, além do fechamento dos hospitais de campanha (que serviram apenas ao propósito de fazer campanha eleitoral em 2020), hospitais e outras unidades são inauguradas sem as menores condições:

o “Hospital Brigadeiro, inaugurado em fevereiro em edifício antes ocupado por funcionários administrativos, não tem elevador adequado para transporte de pacientes internados”. 

Ou ficam dias operando sem as condições mais elementares.

Números divulgados pelo governo apontam ocupação de leitos superiores a 90% e superlotação até mesmo nos hospitais privados e após 10 dias de “feriadão” forçado na Capital e em várias cidades do Estado, o Estado bateu recordes de mortes com quase 1.400 falecidas em 24 horas, no último dia 5.  Longe do otimismo demonstrado pelos cínicos governantes, está evidente o fracasso total das medidas ineficazes adotadas pelos tucanos, com a situação que já é catastrófica tendendo a se agravar ainda mais e ameaçando dobrar ou mais do que isso o número de mortos.

Em meio a tudo isso, evidenciando o seu caráter reacionário, o governo acentua sua política de repressão contra a população, com medidas como o “toque de recolher” e imposição de pesadas multas, ao mesmo tempo em que não  oferece quaisquer condições reais para um efetivo isolamento, como o necessário pagamento de um efetivo auxílio emergencial a todos os trabalhadores (que não poderia ser de menos de um salário mínimo). Ao mesmo tempo intensifica sua política de fazer tudo volta ao “normal”, como interessa ao “mercado”, como no caso da criminosa  política de reabertura das Escolas e na manutenção do funcionamento dos transportes coletivos superlotados.

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