Em uma reunião que durou cerca de cinco horas na quarta-feira (21), a executiva nacional do PSDB rejeitou o pedido de expulsão do partido do deputado Aécio Neves (MG).
Um dos pedidos foi apresentado pelo diretório do PSDB na cidade de São Paulo. O outro, pelo diretório do partido no estado de São Paulo.
Por 30 votos contra e 4 votos a favor da abertura do processo de expulsão, o pedido foi arquivado.
Aécio é um político conhecido por ser um dos principais organizadores do golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), também foi flagrado pedindo empréstimo de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, além de ser réu em vários processos de corrupção passiva e obstrução da Justiça, ou seja, nada diferente de toda cúpula tucana.
O pedido de expulsão foi iniciativa do governador fascista João Doria, que diz se tratar de uma “faxina ética” no partido.
Após a reunião, Doria se manifestou nas redes sociais:
“Lamento a decisão da maioria dos membros da Executiva do PSDB que votou a favor da manutenção de Aécio Neves na legenda. Respeito a votação, mas ela não reflete o sentimento da opinião pública brasileira”.
A tentativa do Doria de mostrar que o PSDB é um partido que defende os interesses do povo, que se preocupa com a “ficha” dos seus membros, é pura demagogia e foi por água abaixo, já que 30 membros do partido votaram pelo arquivamento do processo de expulsão e ainda fizeram vários elogios ao deputado mineiro.
Como bem conhecemos o playboy Doria, é óbvio que sua única preocupação é com eleição. Ele fala de “faxina ética”, “novos ares” para o PSDB, pois no ano passado o partido teve o pior desempenho eleitoral de sua história e, principalmente, porque o governador pretende disputar a presidência em 2022.
Nesse caso, fica bem claro a crise entre os tucanos, crise que ficou expressa durante essa tensa reunião, que teve dedo na cara dos membros do partido, muita gritaria que deu para ser ouvida pelos corredores.
Ou seja, vale tudo. Para defender seus interesses eleitorais vale desde agressividade e intimidação até “chutar” um membro do partido que não vai mais servir para nada.