O governador golpista de São Paulo, João Dória, afirmou na última quinta-feira que o estado de São paulo irá adotar medidas judiciais contra aqueles municípios que permitirem o retorno às aulas presenciais para as escolas particulares e proibirem para as públicas. O retorno às aulas presenciais em São Paulo teve início no dia 8 de outubro, todavia, o governo estadual adotou a manobra de permitir que as prefeituras tenham autonomia na decisão.
A pressão pela volta às aulas é parte da campanha nacional e internacional da burguesia de volta ao trabalho presencial para todos os setores da classe trabalhadora, inclusive daqueles que estavam realizando atividades remotas como é o caso dos professores. A pressão para o retorno às aulas presenciais vêm principalmente dos capitalistas do setor privado, os quais preferem garantir seus lucros mesmo às custas da contaminação de jovens e trabalhadores da educação. Estes setores chegaram a organizar, em conjunto com a extrema-direita, passeatas exigindo a volta das aulas presenciais.
Como se pode verificar no caso de São Paulo, o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares por conta dos interesses dos monopólios da educação serve de chantagem e pressão para o retorno nas escolas públicas. Apesar de toda a propaganda do governo estadual de que as escolas deveriam seguir protocolos de segurança, não há a mínima condição de retorno das aulas presenciais, tendo em vista as precárias condições das escolas, onde faltam água e até mesmo papel higiênico.
Nesse sentido, a volta as aulas com a pandemia fora de controle no país, representaria um atentado principalmente contra juventude pobre, filhos e filhas da classe trabalhadora, os quais ficaram totalmente expostos a doença ao frequentarem as escolas estaduais.
Diante deste quadro, e contra a política de morte dos capitalistas, dos governadores e prefeitos, é necessário mobilizar a juventude, as famílias e os professores contra o retorno das aulas presenciais durante a pandemia. No caso dos trabalhadores da educação, é necessário entrar em greve contra o genocídio, exigindo o retorno somente quando houver a vacina.
É necessário também unificar esta mobilização com a juventude contra a reabertura das escolas e contra a farsa do chamado EAD. Trata-se de uma política apoiada por todos os setores da direita nacional e que abre a brecha para o completo desmonte da educação pública, para a sua privatização. Defender, portanto, a suspensão do calendário escolar durante a pandemia e a sua retomada somente quando houver as plenas condições de segurança, ou seja, a própria vacina.