Como se já não bastasse o ataque a cultura desde de muito tempo feito pelo sistema, o governador João Doria de São Paulo, determinou um corte de 14% nos repasses para organizações sociais vinculadas à pasta da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Incluindo também a diminuição salarial de funcionários dessas entidades. Enquanto o governo vem distribuindo trilhões de dinheiro aos bancos, o setor da cultura está sofrendo cortes com a desculpa cínica de que é considerado supérfluo.
Esse corte previsto para os próximos três meses, foi anunciado na semana passada após um contingenciamento por volta de R$ 650 milhões nas contas do estado. Devido à crise do coronavírus, a Cultura foi uma das áreas mais atingidas nos cortes que aconteceram. Dos R$ 650 milhões contingenciados, cerca de R$ 69 milhões serão retirados da pasta comandada por Sérgio Sá Leitão.
Algumas pastas não foram atingidas pelo contingenciamento, a principal delas é a de Segurança Pública, que na verdade é a segurança da burguesia, dos bancos e um setor que ataca a população no geral, enquanto que a cultura não seria importante para o povo, então o certo é manter o setor que oprime. Na lista dos cortes, são 80 secretarias e outras organizações que compõem o corpo da administração estadual. Haverá uma redução salarial e diminuição nas cargas horárias.
Segundo o secretário de Cultura Sérgio Sá Leitão, o setor é estratégico para o desenvolvimento de São Paulo e do país e responde por 2,64% do PIB nacional e 3,9% do PIB estadual, gerando cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho em território nacional —1 milhão deles no estado.
O contingenciamento, que foi determinado pelo governador João Doria, onde cinicamente diz que os cortes ocorrem devido ao estado de calamidade pública, quando sabemos que esse governo prefere distribuir dinheiro aos capitalistas, enquanto sacrificam a vida da população. Obrigando as pessoas a trabalharem se expondo ao vírus com risco de vida ou tirando seus empregos deixando assim que morram de fome. Também sem um atendimento adequado nos hospitais, pois a saúde, como a cultura, já vem sendo sucateada a muito tempo.