Desde 2016 ocorre, uma vez ao ano, em São Paulo, a feira de produtos orgânicos, organizada pelo MST. Segundo a organização do evento, na última edição compareceram mais de 260 mil pessoas. A tradicional atividade, que acontece no parque da Água Branca -região da zona oeste-, estava prevista para ocorrer em maio, mas foi vetada pelo ex-prefeito e atual governador João Dória (PSDB), através da Secretária de Infraestrutura e Meio Ambiente.
Segundo o tucano golpista, a atividade foi negada de ocorrer por razões exclusivamente legais e burocráticas. A legislação prevê que, por dia, circulem apenas 5000 pessoas no parque, número inferior a demanda da feira que, desde sua criação, vem atraindo um número cada vez maior de adeptos, sendo apoiada por toda comunidade. O veto gerou polêmica entre os moradores de São Paulo nas redes sociais. Nesse sentido, foi criado um abaixo-assinado, a fim de pedir a continuação da tradicional feira.
Segundo a organização da atividade, está sendo cada vez mais difícil a realização da feira, uma vez que os entraves impostos pelos governos direitistas são cada vez mais intensos, porém a adesão da classe trabalhadora a feira cresce exponencialmente. Na última edição, foram colocadas faixas pedindo a liberdade do ex-presidente Lula, bem como comemorações pelo bicentenário de Karl Marx.
Além do absurdo em vetar o acontecimento da feira, Dória afirma que a mesma representa uma fraude e, consequentemente, um risco a saúde da população. Vale lembrar que o governador tucano e golpista pouco se importa com o bem-estar da classe trabalhadora. Enquanto prefeito de São Paulo, disponibilizou as crianças de escola pública uma espécie de ração, feita com restos de alimentos vencidos. Além de dar comida podre aos filhos dos trabalhadores, efetuou um processo de contagem, para que os mesmos não repetissem suas refeições.
É preciso que o ativismo e as organizações de luta da classe trabalhadora, que que apoiam a realização da feira, organize mobilizações populares a fim de vetar a ação imposta pelo governador golpista de São Paulo. Enquanto a gestão golpista, expressa por Dória, e também Bolsonaro, seguir no poder, os ataques aos trabalhadores serão cada vez mais intensos.