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Doria lança o “Menos férias”

O governo fascista do Psdebista João Doria acabou de desfechar um novo ataque aos professores e alunos da Rede Estadual Paulista, que se coaduna diretamente com a reforma trabalhista de Jair Bolsonaro.

Anunciando que as férias de julho, que historicamente na rede estadual eram de aproximadamente 30 dias, passarão a ser de 15 dias. Por outro lado, haverá outras duas semanas sem aulas, uma em abril e outra em outubro, ao final de cada bimestre letivo, o governo faz questão de salientar “independentemente de coincidir com algum feriado”.

De acordo com a proposta de Dória as férias ficariam assim estabelecidas:

Férias anuais dos estudantes: 16 de dezembro a 02 fevereiro e de 07 a 21 de julho.

Férias anuais dos docentes: 15 dias no mês de janeiro; 15 dias no mês de julho

O secretário da Educação, Rossieli Soares, alega hipocritamente que as mudanças têm o objetivo de evitar perdas de aprendizagem que acontecem durante longos períodos sem aula, chegando a citar supostos estudos de autores americanos, para justificar o aumento da carga de trabalho para os professores, que em sua grande maioria, têm em mãos, escolas completamente sucateadas.

Tal medida que procura mascarar com palavras, uma melhoria no ensino, que não resiste às primeiras análises. E por trás delas se apresenta a política fascista de Bol$oDória.

A situação atual dos professores a nível nacional e em especial na rede estadual de ensino de São Paulo é de calamidade pública, com salas superlotadas, baixíssimos salários, pressão de chefias por metas impossíveis de buscar frente a total falta de investimento público na qualidade do ensino, levando ao adoecimento constante do professorado, que não aguenta física e psicologicamente todo esse caos no qual são jogados.

Com a diminuição do período de férias e do período de recesso nos meses de Janeiro e Julho, passando a ser de 15 dias em Julho e 15 dias em Janeiro, a situação de caos colocada acima só irá piorar, com mais licenças e doenças entre os professores. Ao mesmo tempo, em que sequer há contrapartida salarial da parte do governo.

O governo que há anos não aplica reajustes salariais aos professores, impedindo que os professores assistam a peças teatrais, comprem livros, viajem, que não investe em formação em trabalho para os professores anuncia que os demais dias de recesso devem ser usados para atividades como correção de provas e planejamento pedagógico.

Do ponto de vista do alunado, o governo calhorda chega a afirmar que, diferentemente das famílias de renda mais alta, as famílias mais pobres nem sempre têm condições de usar extensos períodos de férias para enriquecer o repertório cultural de suas crianças, com longas viagens, se abstendo obviamente de falar que tal situação é gerada pelas políticas neoliberais empregadas por seus governos ao longo de anos, para levar a classe trabalhadora à miséria.

Outra hipocrisia levantada neste aspecto foi dada pelo secretário do Turismo, Vinicius Lemmertz alegando um suposto incentivo ao turismo regional, que disse: “Em férias curtas, a tendência é viajar para lugares mais próximos”. Sendo que a realidade econômica dos 220 mil professores paulistas e dos 4,3 milhões de alunos e suas famílias, num momento político e econômico no país que beira a recessão, não está possibilitado a expressiva parcelas desta população, incluindo os professores, sequer o turismo regional.

O Secretário de Educação já anuncia que o calendário é opcional para outras redes, como as municipais e da rede privada, mas que já está em negociação uma unificação do calendário com as prefeituras, uma vez que parte das famílias têm filhos em duas redes por todo o Estado. Assim já está colocado a “deixa” para que milhares de professores em todo país percam suas férias, com o viés de reforma trabalhista aplicada aos professores paulistas.

Frente a este brutal ataque às condições de vida e trabalho dos professores é vital a mais ampla mobilização de todos os professores para o próximo dia 15 de maio, quando está marcada a greve nacional da educação, aprovada na última assembleia da APEOESP, realizada  no último dia 26 de abril.

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