O governador golpista do estado de São Paulo, João Doria Junior, do PSDB, apresentou esta semana uma nova proposta de calendário para o ano letivo de 2019 das escolas da rede pública. No novo formato, as férias escolares de julho seriam parceladas ao longo do ano. Os professores e estudantes não teriam mais um mês de férias em julho. De acordo com o calendário tucano, haveria um mês em abril, outro em outubro e quinze dias de recesso em julho.
Trata-se de um ataque ao direito às férias dos professores e estudantes. Vale lembrar que o governo Alckmin já havia suprimido uma parte deste direito ao estabelecer que no meio do ano os professores teriam quinze dias de recesso, não configurando férias. O mesmo passou a acontecer em janeiro, quinze dias que antes eram um período de férias integral dos professores foram transformados em recesso escolar.
A proposta de Dória aprofunda este ataque, parcelando ainda mais as férias escolares. Trata-se de uma forma do governo golpista de São Paulo abrir caminho para extinção do direito às férias dos professores e estudantes. Com a primeira divisão imposta por Alckmin, o estado extinguiu uma parte do pagamento das férias remuneradas aos professores, pois metade deste período fora transformado em recesso. O pagamento da outra parte ficou fracionado em uma pequena parcela em julho, e outra em janeiro.
Com a nova divisão de Dória, o estado pagará ainda menos e poderá até mesmo deixar de pagar às férias, uma vez que este novo ataque poderá abrir caminho para que o governo tucano transforme também estas semanas de “férias” em períodos de recesso, os quais deixariam de ser remunerados.
É preciso mobilizar professores e estudantes contra este ataque a um direito fundamental de qualquer trabalhador. Somente a mobilização nas ruas pode impor uma derrota ao governo golpista de Dória e Bolsonaro.