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Professora grávida com covid

Doria genocida: mil infectados e dezenas de mortos nas Escolas

Apenas na rede estadual foram registrado mais de mil casos, mas há centenas de infecções nas escolas municipais e privadas

Desde a reabertura das escolas estaduais no começo do mês, primeiro com o planejamento de escolas – envolvendo professores, funcionários e gestores – e, depois, com a volta das aulas presenciais, a partir de 8 de fevereiro, já foram registrados mais de mil casos de infecções pelo coronavírus, em mais de 500 unidades de ensino, e já passam de 10 o número de óbitos, incluindo professores, funcionários, diretores, coordenadores e alunos, como denunciam algumas imagens divulgadas pela Corrente Educadores em Luta (PCO e simpatizantes) que divulgamos na faixa acima (foto) produzida para o Ato que acontece na Avenida Paulista e em outras imagens ao longo dessa matéria.

Em todo o Estado

Quando fechávamos essa edição, na tarde de quarta (25) já eram 991 casos em 523 escolas registrados no Relatório atualizado diariamente pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP). A situação abrange todas as regiões do Estado nas quais houve o retorno criminoso das aulas, no momento em que há um disparada de casos da pandemia com média de cerca de 1100 mortos em todo o País, com SP, tendo quase 25% (um em cada quatro) dos óbitos registrados em todo o País, estando próximo de chegar a 60 mil mortos.

Em várias regiões há cidades em que, diante da superlotação das UTI’s e dos próprios hospitais, prefeitos pressionados pela população, decretaram o adiamento do retorno das aulas presenciais, como o foi o caso de Diadema, Mauá, São Bernardo, Araraquara, Paulínea, Presidente Prudente etc.

Sob o comando do cínico governador do Estado mais rico do Pais, João Doria (PSDB), que procurou se apresentar como “científico” e encenar uma oposição ao genocida do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, com quem fez dobradinha eleitoral (BolsoDoria!) em 2018 e, pode vir a se juntar em 2022, caso fracasse a operação de fazer dele o candidato “de oposição” ao bolsonarismo, com apoio de setores da esquerda (frente ampla) em uma operação de gigantes fraude política.

O governador tucano, secundado pelo prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB), assumiu a liderança nacional pela imposição da volta às aulas, diante da desmoralização do governo federal e dos sucessivos ministros da Educação, sem qualquer autoridade política para impor essa política criminosa que visa, exclusivamente atender aos interesses dos bancos, mercadores do ensino pago e outros tubarões capitalistas que exigem o retorno “normal” das atividades econômicas, a fim de garantir seus lucros, para o que é fundamental reabrir as escolas e universidade de todo o Pais que somam mais de 50 milhões de crianças, jovens e adultos e ainda envolvem outras dezenas de milhões de familiares.

Nem grávida escapa

Dentre os muitos vitimados pela covid-19, um caso ganhou destaque e é exemplar do caráter criminoso da política de Doria e dos prefeitos direitistas que o acompanham: o da professora da rede municipal de São Cetano, Rafaela de Ávila Cardoso, grávida de 8 meses.

Após 10 dias da volta às aulas presenciais obrigatórias, a professora apresentou sintomas de covid-19, sendo internada na segunda (dia 22) na Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, onde foram monitorados os sinais vitais dela e de sua bebê e teve de ser medicada.

Rafaela trabalha na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Luiz Olinto Tortorello, em São Grávida de 8 meses, professora de São Caetano é internada com covid-19 após volta às aulasCaetano do Sul, e foi obrigada, mesmo estando no último mês de gestação, a voltar ao trabalho no dia 5 fevereiro, depois que teve recusado seus pedidos para manter-se em home office.

Ela falou sobre sua situação:

“Minha bebê está bem, mas o médico decidiu pela internação, pois disse que a piora nestes casos pode ser muito rápida. Voltei a trabalhar por pressão. Não consegui preencher a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mesmo com o atestado de 14 dias com o CID de covid-19. Durante quase 11 meses estive em casa e não peguei nada. Foi só voltar duas semanas e já fiquei doente”.

Ela desabafou,
O sofrimento de Rafaela, se multiplica por milhares de famílias, muitas das quais já perderam ou estão ameaçadas de perderem seus entes por conta da politica genocida desses governos que so podem ser barrados por meio de uma ampla mobilização dos educadores e da população.

Não se trata de acidentes, mas de crimes premeditados, de um verdadeiro genocídio..

Não faltaram estudos de universidades e especialistas alertando para o perigo da da reabertura das Escolas. Sindicatos e outras organizações reivindicaram a organização real do trabalho remoto, com as devidas condições, incluindo fornecimento de equipamentos e internet grátis, para educadores e alunos, bem como a distribuição de cestas básicas (para que nossos alunos não passem fome) e o pagamento do auxílio emergencial. Nada foi feito pelos criminosos governantes.

Os governos de Bolsonaro, Doria, Covas e outros não realizam testes em massa; em SP menos de 3% da população foi vacinada, apenas com a primeira dose de uma vacina de baixa eficácia. Eles encenam brigas, ao mesmo tempo em que se unem para cortar gastos com a Saúde (quando não desviam escancaradamente os recursos) e  – de fato – nada fazem para conter a doença.

Parar as Escolas

Nesta sexta (dia 26), os sindicatos dos professores e a Corrente Educadores em Luta estão fazendo um chamado para ocupar a  Avenida Paulista, a partir das 10h e realizar uma caminha unificada de educadores do Município e do Estado, como parte da greve da categoria.

É a primeira mobilização pública desde o começo da greve no último dia 5 o que pode ser um fator importante para impulsionar a mobilização que setores da esquerda (como PSOL, PSTU, PCdoB…) buscam derrotar defendendo o recuo da greve, quando não há outra alternativa para os professores, funcionários e todo o povo de São Paulo e de todo o País.

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