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transportes em São Paulo

Doria diminuiu número de trens em circulação e causa aglomeração

Com mil mortes por dia, João Doria é o principal responsável pelo caos nos transportes metropolitanos (metrô, CPTM e ônibus intermunicipais)

Responsável pelo transporte sobre trilho em São Paulo, Doria, é considerado “o científico” conforme divulga a imprensa capitalista, cujo principal estado do país está colocado no epicentro da contaminação e mortes, inclusive em relação a vários países do globo terrestre, em relação à contaminação e mortes por Covid-19, atingindo a marca de 86 mil mortos e 2.7 milhões de contaminados desde o inicio da pandemia. Ontem, mais uma vez superou a marca de mil mortes por dia chegando a 1.389 e todos os dias vêm superando a marca de mil mortes. No entanto, os transportes, onde deveria haver uma enorme preocupação, devido aos milhões de usuários que os utilizam, como foi o relato de ontem (14) pela imprensa burguesa, têm visto suas frotas reduzirem. O Metrô é um dos exemplos disso.

“A fotógrafa e auxiliar de marketing, Ludmilla Corrêa, publicou, nesta segunda-feira (12), por meio das redes sociais uma mensagem de indignação com as aglomerações no transporte público de São Paulo. “A maior loucura nessa pandemia é o descaso com os serviços de locomoção de massa”. Parece até que o covid-19 não existe nesses locais, frotas reduzidas, transportes precários, superlotação.” (Estadão – 12/04/2021)

Quando do início da pandemia do coronavírus que ocorreu no mês de março de 2020, quando não havia vacina e sequer testes eram feitos, além de insumos de proteção e segurança para os trabalhadores e a população explorada, como luvas, máscaras, muito menos álcool gel, etc., essa população que tem como único meio para trabalhar e se locomover foi obrigada utilizar os transportes superlotados porque o governo que desde aquele período deixou-a à própria sorte, mesmo numa situação caótica diante da contaminação existente no estado de São Paulo, governado pelo João Doria Jr. do golpista PSDB, “o científico”. Seu secretário dos transportes metropolitanos, inclusive, afirmava que houve redução nos transportes, como o Metrô, por exemplo.

A retirada de trens ocorreu tanto nos intervalos entre os horários de rush quanto nas horas de pico. Os dados são do Relatório Integrado Anual Metrô, que a empresa tem de publicar em seu Portal da Transparência. Ao longo de 2020, em mais de uma ocasião, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que a empresa operava com “100% da frota disponível” ante as queixas de lotação. Ou seja, era para ser o ano com o maior número de trens disponíveis, em circulação, justamente devido ao vírus, para que houvesse menos gente em cada vagão. Mas foi o contrário: houve uma redução da frota, aumentando a lotação, bem como o tempo de espera, causando aglomeração e mortes. Foi uma política deliberada do governo Doria para causar milhares de mortes.

Diante do caos, os trabalhadores e a população pagam com a vida

Apesar da demagogia, propalada pelo governo do golpista PSDB, através de seu secretário dos transportes, o que se vê é um enorme contingente da população, correspondente a mais de quatro milhões de cidadãos diários, somente no sistema metropolitano, incluindo o Metrô, CPTM e ônibus intermunicipais, obrigado, todos os dias, a utilizar os transportes superlotados, jogando por terra as declarações falaciosas de Baldy.

Conforme dados da venal Globo, através do portal G1, Um relatório feito pelo Metrô de São Paulo aponta que em 2020 foi registrado aumento de espera nas plataformas das estações, diminuição no número de viagens da rede, gerando prejuízos à Companhia.

Em 2019, a média do tempo de intervalo entre os trens foi de 2 minutos e 12 segundos. Já no ano passado essa média subiu para 2 minutos e 35 segundos. Além de intervalos maiores, a oferta de viagens diárias foi menor. A média de viagens diárias em 2019 foi de 3.317, já em 2020 foi de 2.604 – 713 viagens a menos.

Qual é a realidade?

O governo “científico” do estado de São Paulo vem levando os professores e o conjunto dos trabalhadores e da população explorada à situação de risco constante de contaminação e morte por coronavírus. No entanto, os números de casos são guardados a sete chaves pelo golpista do PSDB, que ignora olimpicamente a situação catastrófica dentro desse segmento. É como se nada ocorresse no setor, no entanto, segundo a avaliação de especialistas em epidemiologia e infectologia, o transporte coletivo é um dos vetores mais potentes para a proliferação do novo coronavírus.

Em discussão recente na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), bem como na Câmara Municipal da capital paulista, houve debate sobre a colocação de insumos, como o álcool-gel, nos transportes. Porém, os parlamentares golpistas não concordam que os trabalhadores e o conjunto da população que se utiliza desse meio de transporte possam se proteger. A sorte dos usuários dos transportes coletivos foi lançada desde o início da pandemia: quem conseguir suportar mais quem sabe poderá sobreviver.

Quem ganha com isso?

O Metrô de São Paulo divulgou um balanço onde apresenta um prejuízo de R$ 1,7 bilhão e aproveita para culpar a população que não deveria pagar um único centavo de passagem, uma vez que já paga imposto suficiente para cobrir toda e qualquer despesa oriunda dos transportes públicos. O governo se utiliza da “culpa” da população para justificar esse prejuízo. Ou seja, o governo, tanto de João Doria, quanto de Bruno Covas, governador do estado e prefeito da capital, ambos do golpista PSDB, que estão forçando os idosos a voltar a pagar passagem após terem garantido a gratuidade, neste momento, coloca o povo como o vilão da história. No entanto essa é nitidamente uma manobra para lançar, em primeiro lugar, o aumento das passagens nos transportes, que deveria ser gratuito.

O sucateamento dos serviços

Utilizando-se da mesma desculpa, de prejuízo a Cia do Metropolitano (Metrô e CPTM), o governo também decidiu fechar parte das bilheterias. As consequências dessa manobra espúria serão demissões dos trabalhadores e consequentemente o sucateamento desse meio de transporte da população paulistana, uma forma utilizada para continuar o processo de privatização.

Doação às empresas privadas

Em segundo lugar, há a política de entregar setores do estado para as mãos das empresas privadas, ao capitalistas. A preocupação é de dar de graça todos os setores públicos, como nesse caso, onde está sendo privatizados todo o sistema de transporte público do estado, a exemplo do Metrô Via Quatro, a linha amarela, a empresa que tinha como promessa investir durante o período de 30 anos R$ 2 bilhões, está recebendo do próprio governo privatista – que até conseguiu que fosse editado um livro com o título “Privataria Tucana” – a despeito do “prejuízo” nos transportes metropolitanos, R$ 1 bilhão. É ou não é um negócio da China?

O sindicato de portas fechadas

Desde o início da pandemia, os sindicatos, a exemplo do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, da CPTM, etc., mantiveram as portas fechadas aos trabalhadores, o que demonstrou uma política de capitulação. Várias iniciativas dos trabalhadores para lutar contra a situação de caos deixada pelo governo através das direções das empresas foram sufocadas, foram várias greves desmarcadas, uma traição atrás da outra. As assembleias não eram presenciais, onde os trabalhadores pudessem ver de perto o que estava acontecendo. No final, a burocracia deixou os trabalhadores à própria sorte.

Não dá para fazer greve de casa, é preciso mobilizar os trabalhadores para impor uma derrota ao governo golpista “científico” de Doria que consegue levar dezenas de milhares da população à morte, agracia empresários e quer privatizar todas as empresas estatais do país.

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