O governo do Estado de São Paulo apontou recentemente ataques ao ensino nas escolas técnicas Centro Paula Souza. O EM (ensino médio) e o ETIM (ensino técnico integrado ao médio), ensino médio de base comum com ensino técnico especializado. Os cursos até então ofereciam o ensino médio comum, os mesmos das escolas regulares do Estado, mais formação em diferentes áreas de especialização para o mundo do trabalho.
A orientação é para que os centros se reorganizem, reformulando os cursos. Logo, o próximo ano os alunos que prestarem vestibulinho para estudar nas escolas dos Centros Paula Souza contaram com ensino de pior qualidade e muito reduzido. Aliado ao problema da quantidade de professores que perderão as aulas com a redução de matérias.
Doria teve cara de pau de alegar evasão para justificar suas ações, mesmo sabendo da situação causada pela pandemia e a impossibilidade que muitos alunos e professores de manter o trabalho remoto, fato em nada diminuído por ações do governo, que não investiu um único real para promover o acesso as mídias (as aulas nesse período só contaram com esforço dos docentes).
As ações ficarão para o próximo ano, já no vestibulinho 2021, neste a grade curricular destes cursos é drasticamente diminuída, os alunos fazem somente um período e não contam com merenda escolar.
A decisão não foi, como de costuma dos governos psdbistas discutida com as comunidades escolares, mas somente comunicada as unidades, que mantém a “gestão democrática” como mera palavra morta nos currículos educacionais.
Sabemos que é política do PSDB sucatear a educação no Estado, já fez várias tentativas nas escolas regulares públicas, com fechamentos de salas e até escolas inteiras (ao que as comunidades escolares responderam com ocupações) e atualmente reforma do ensino médio. Agora se volta para as escolas de ensino técnico.
É preciso que as comunidades defendam essas escolas e exijam a retirada das medidas de sucateamento, mantendo como está a grade dos cursos que permitem uma formação completa dos alunos que frequentam o ensino médio. O governo de Doria, que pegou carona na eleição fraudulenta e golpista de Bolsonaro, deve retirar as mãos da educação, pois seu único objetivo é destruí-la.