Dana White, presidente do UFC, evento de MMA, e recentemente sugeriu de mandar seus atletas aos atos contra a violência policial que se intensificaram com o assassinato de George Floyd. Ele busca, com isso, intensificar a repressão aos manifestantes. O que não surpreende ninguém: o UFC vive um processo de colaboração de anos com as forcas armadas americanas, de modo que não é rara a ocorrência de edições do evento em bases militares dos EUA em países invadidos. De apoia o fascismo de exportação, por que não incentivaria o fascismo doméstico?
No entanto chama a atenção esse posicionamento tão veemente. Dana White, como todo o resto da burguesia têm visto a polarização politica se intensificar nos EUA, bem como no Brasil e no resto do mundo. Ao sugerir a formação de grupos de pitboys para atuarem como policia, ele acena a um dos mecanismos mais comuns do fascismo, que é a formação de milícias paramilitares. Na Itália, antes de subir ao poder, Mussolini e seus camisas negras faziam emboscadas contra lideranças sindicais e espancavam-nos ate a morte como método de coibir a manutenção ou surgimento de novas greves.
No Brasil, nas vésperas dos atos do dia 7 de junho, viu-se muitos ex lutadores de MMA ameaçando agredir manifestantes de partidos de esquerda, movimentos sociais e organizações populares que ousassem levantar a voz contra o governo golpista de Bolsonaro. Eles alegavam que deixariam a inercia e iriam as ruas, mas todo mundo sabe que esses fascistas sempre foram parte desses protestos fascistas encomendados, não havia nada novo. No fim das contas esses valentões, ate onde se sabe não ousaram dar um peteleco no fim de semana, talvez por desvantagem numérica.