O recorde de queda do dólar no país foi durante o governo FHC, quando um dólar valia 7 reais. Bolsonaro pode quebrar esse triste recorde.
O livro Diários da Presidência de Fernando Henrique Cardoso em mais de um momento, FHC declarou sua intenção de encerrar a “Era Vargas”.
Esse feito não era tarefa fácil. Afinal, se contarmos a Era Vargas como o período que se iniciou com a Revolução de 30 e terminou com o fim do regime militar, ela foi, (junto ao período das greves dos anos 80) na maior parte do tempo, o período que consolidou alguns direitos que só com o golpe de 2016 e a fraude nas eleições de 2018 pôde destroçar.
O desmonte da Nação, dos direitos, privatizações, demissões, entrega da soberania nacional, subserviência total aos EUA, tudo isso colabora para a desvalorização do real só foi possível com governos neoliberais de FHC.
Os inúmeros índices econômicos que comprovam como o governo Bolsonaro é neoliberal e um governo de ferozes ataques, jamais vistos desde a ditadura, contra a população. Aqui se repete a fórmula de FHC: privatizações, demissões, entrega da soberania nacional, subserviência total aos EUA, tudo isso colabora para a desvalorização do real.
Acrescente o surto do coronavírus, e a visão do flagelo confirma-se absolutamente. Ressalve-se, porém, que real é a moeda que mais se desvalorizou este ano, o que mostra que não é culpa apenas da epidemia, mas da política econômica de Bolsonaro.
Mas, se o dólar de FHC chegou a R$ 7,00 em 8 anos, o dólar de Bolsonaro, em apenas um ano e pouquinho segue em disparada próximo de R$4,75 em meio a aversão a risco e apesar de atuação do BC.
O limite é o céu. O dólar era negociado em disparada acentuada contra o real nesta segunda-feira, chegando a superar 4,79 reais na máxima do dia em meio à onda de aversão a risco global. As reservas cambiais são torradas pelo Banco Central e a moeda americana não para de escalar.
A alta é agora contada por horas. Às 10:06, o dólar avançava 2,17%, a 4,7351 reais na venda, e chegou a tocar a máxima recorde de 4,7950 nos primeiros negócios. Enquanto isso, o dólar futuro saltava 2,45%, a 4,747 reais.
Num Mundo absurdo de terra-planistas estamos de cabeça para baixo neste exato momento, ou, “O mundo está de pernas para o ar”, disse à Reuters Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Mas, desgraça pouca é bobagem e, além do coronavírus, é preciso acrescentar aqui a queda acentuada dos preços do petróleo que levaram uma economia frágil com o desmonte promovido pelos golpistas à UTI.
Perto do fim. A crise que se avizinha exige que derrubemos agora o governo dos golpistas. Fora Bolsonaro!