A simples especulação pode levar boa parte do mundo à miséria. Entusiasmado com a vitória de Joe Biden (Democratas) nos Estados Unidos, o mercado responde com redução do valor da moeda estadunidense e pela divulgação realizada pela multinacional Pfizer de que vacina desenvolvida pela farmacêutica tem 90% de eficácia contra o novo coronavírus.
Nesta segunda-feira, 9, o dólar foi cotado a R$ 5,2267, no Brasil, com queda de 3,07%, sendo a menor cotação desde 16 de setembro (R$ 5,2123). Com queda acumulada de 6,03% na semana e na parcial do mês, o dólar tem no mercado financeiro o árbitro das mediações internacionais. Somente nesse ano a alta de 34,47% foi acumulada. No que concerne ao mercado nacional, os investidores [leia-se: especuladores] continuam na expectativa sobre a trajetória da dívida pública brasileira, o maior esquema de desvio de recurso público já conhecido no Brasil. Ainda, aguardam uma indicação do governo se o teto de gastos será ou não respeitado. Buscando abocanhar uma fatia da imensa pobreza nacional, os gaviões do mercado estão encarniçados na possibilidade de financiamento de algum auxílio social para 2021.