Nesta quarta-feira (14), o dólar bateu os R$ 4,00 novamente, mostrando que as tensões econômicas e a guerra comercial entre China e EUA vêm aumentando, o que pode causar queda no PIB de diversos países, incluindo o Brasil. Ao que tudo indica, os EUA se aproxima de uma recessão econômica, o coração do imperialismo está em crise novamente e causando nervosismo nos investidores.
A China teve suas vendas de varejo e produção industrial abaixo do esperado e, em consequência, a Alemanha teve recuo de 0,1% em seu PIB no segundo trimestre. É questão de tempo para que essas tensões e quedas afetem a crise política aqui no Brasil, afinal, Bolsonaro dependia de colocar as coisas no lugar do ponto de vista dos capitalistas, que se sustentam da miséria da população pobre.
Para a burguesia, nem o avanço da reforma da Previdência, nem a tal “Medida Provisória da Liberdade da Econômica”, consegue dar uma segurada na crise vinda com o aumento do dólar e queda do PIB e a previsão é de que a economia piore, e muito. A Ibovespa passou dos 103 mil pontos de fechamento nesta terça-feira (13) para o patamar de 100 mil pontos, contabilizando uma perda superior a 2%.
Enquanto isso, na Argentina, o desespero de Macri é tanto que, depois de ter afundada a Argentina em dívidas com o FMI e empurrado a população para a miséria enquanto enchia o bolso dos banqueiros, agora resolveu aumentar o salário mínimo e congelar o preço dos combustíveis. Aqui no Brasil não é diferente, inclusive, mesmo Bolsonaro atirando milhões na miséria, parece não estar sendo suficiente para agradar os capitalistas.
A crise que vem afetando o mundo inteiro, principalmente os países pobres, faz com que essas medidas de Macri, a essa altura, sejam bem tardias. Bolsonaro também está na corda bamba com os grandes capitalistas. Assim, a burguesia emergente segue em crise.