Mestre Moa do Katendê, assassinado por elemento de extrema direita em 8 de outubro do ano passado, logo após o primeiro turno da farsa eleitoral que elegeu o golpista Jair Bolsonaro, se tornou símbolo da luta contra o fascismo e teve sua trajetória de vida narrada no documentário “Mestre Moa do Katendê: a primeira vítima”.
Romualdo Rosário da Costa foi compositor, percussionista, artesão, educador e um dos maiores mestres de capoeira de Angola da Bahia. Apesar de ter desenvolvido todas essas atividades, ganhou destaque por sua morte que ocorreu de maneira brutal com 12 facadas pelas costas. A motivação de seu assassinato foi política, Mestre Moa foi surpreendido após defender seu voto no PT, em discussão com o bolsonarista Paulo Sérgio Ferreira de Santana.
A Associação Brasileira de Capoeira Angola, o Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira na Bahia e pelo Coletivo Ginga de Angola convidou Carlos Pronzato a dirigir o documentário sobre Mestre Moa com apoio do Sindae (Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto no Estado da Bahia). O documentarista apresentou o trabalho de resistência cultural do capoeirista e o aspecto político de seu assassinato.
Veja aqui o documentário completo:
O assassinato de Mestre Moa demonstra mais uma vez a necessidade urgente da formação de comitês de luta e autodefesa, é preciso que os trabalhadores se organizem para não terem o mesmo fim que Mestre Moa. A direita vem incitando a violência contra a esquerda desde o golpe contra a presidente eleita democraticamente Dilma Roussef, vários ataques foram registrados contra militantes e simpatizantes da esquerda. Por isso, uma resposta na mesma proporção se faz necessária tanto nas denúncias quanto nas ruas. Com elementos fascistas não há dialogo. Fascistas devem ser combatidos e destruídos!