Os professores da rede federal de ensino marcaram uma paralisação de 48 horas, nos dias 2 e 3 de outubro, em protesto contra os cortes na educação e contra o programa do governo de sucateamento das instituições federais de ensino, o Future-se/Fature-$e.
Faltam os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) que ainda vão fazer uma assembleia geral para definir a adesão ao movimento nacional. Eles vão fazer atos para discutir com a comunidade universitária os cortes na educação e o Future-se, nos dias 24 e 25 de setembro.
A decisão do sindicato teve como referência as deliberações das assembleias de base realizadas nas instituições federais de ensino nas últimas semanas e o calendário de lutas que vem sendo construído em conjunto com as demais entidades do setor da educação.
Os professores aprovaram a realização de assembleias comunitárias para discutir a situação financeira das instituições federais de ensino superior (Ifes) e a construção de dias de mobilização com atividades das universidades, institutos federais, centros federais de educação tecnológica (Cefets) nas praças e outros locais públicos, para dialogar com a sociedade.
Além disso, as seções sindicais têm até 25 de setembro para fazerem um levantamento dos impactos dos cortes de verbas nas instituições, para a elaboração de material especial sobre a situação das Ifes.
Foi definido um calendário de mobilizações em conjunto com outras categorias:
Dia 20, na Greve Mundial do Clima, as entidades se unem para realizar um dia nacional de luta em defesa da Amazônia, da Ciência, da Tecnologia e da Educação.
Dia 25 de setembro, as entidades vão incorporar a data, proposta pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), como Dia de Mobilização em Defesa da Ciência e Tecnologia Públicas.
2 e 3/10 – Greve Nacional da Educação, de 48 horas.
3/10 – Dia em Defesa da Soberania Nacional, da Ciência, Tecnologia e Educação.
Estão corretíssimos os docentes federais em se mobilizarem e definirem a paralisação como forma de pressão, entretanto, é preciso lembrar que pautas parciais não atacam a raiz dos problemas. Tanto os cortes na Educação, a paralisação dos projetos de fomento à Ciência e Tecnologia, quanto a agressão à região amazônica e sua população, além de tantos outros, têm uma causa: o golpe de Estado que tomou de assalto o País e todos os seus ativos, culminando com a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, depois da prisão – a cada dia mais evidente sobre o quanto foi ilegítima – do ex-presidente Lula, que seria provavelmente eleito em primeiro turno. Nenhum presidente do Brasil prestigiou tanto a Educação federal quanto Lula, em cujos governos foram inauguradas 18 universidades federais e o apoio aos pesquisadores alcançou o seu ápice, com o programa Ciências Sem Fronteiras e tudo o mais.
É preciso cortar o mal pela raiz. Não adianta nada exigir que esse desgoverno fascista que está ocupando Brasília mude sua política e seja diferente. As manifestações, para serem eficientes, precisam assumir as palavras de ordem Liberdade para Lula e Fora Bolsonaro, com anulação das eleições e convocação de novas eleições gerais, com Lula candidato!