A dívida pública brasileira a ser rolada nesse ano de 2021, com emissão de novos papéis, corresponde a 18,5% do PIB(Produto Interno Bruto). É a maior dívida desde 2005. A dívida de 1,4 trilhão é tão grande que deverá ser paga com refinanciamento e com a venda de papéis no mercado.
Para o Institute of International Finance(IIF), a situação do Brasil é desafiadora. Segundo a instituição, “no geral, vemos o maior risco de refinanciamento no Brasil”. O IIF, que reúne várias instituições bancárias, ver um cenário difícil para o país, sobretudo agora com o limite de gastos que o Brasil vem passando aliado aos vencimentos da dívida.
Segundo Martín Castellano, que é chefe do Departamento de Pesquisas do IIF para a América Latina, “a situação fiscal exige muita emissão de dívida devido ao encurtamento dos prazos e às altas amortizações, principalmente por volta de abril”. Enfrentar um ajuste, com potencial de crescimento muito baixo e ainda com corte de gastos será muito arriscado, sendo muito difícil ter êxito. Com essa difícil situação financeira, com o país sem fazer nada de significativo para conter o avanço da pandemia, cuja contenção requer muitos gastos, a situação brasileira não terá perspectiva positivas para o futuro.
Cumprir regra fiscal, cortando gastos, estabelecendo teto, dentre outras metas, é a principal receita para o fracasso e submissão do país aos órgãos neoliberais como o FMI. O fim do auxílio emergencial em dezembro de 2020 foi a exigência mais violenta dos neoliberais para o governo golpista de Bolsonaro. A taxa de pobreza do país cresceu significativamente: 12,8% da população brasileira está vivendo com míseros R$246,00 por mês. Esse aumento da pobreza prova a necessidade da volta do auxílio emergencial, com valor maior e digno para enfrentar a crise financeira e sanitária.
O Diário da Causa Operária vem denunciando há muito tempo a violência que é seguir os ditames da politica neoliberal, uma política de fome, contenção de gastos, aumento estratosférico de juros e transferência de riqueza dos países pobres para os bancos, principais credores do capitalismo caquético que está vigente.
Os banqueiros querem enfrentar a crise do regime passando a conta para os países emergentes, cujas elites políticas aprovam emendas constitucionais para congelar gastos necessários e sobrar dinheiro para pagar essas dívidas impagáveis. É preciso dizer não ao pagamento dessas injustas dívidas, pois honrá-las seria aceitar a escravidão e a eterna condição de país subdesenvolvido.