A premiação do Oscar tem sempre um caráter político, especialmente quando os vencedores são negros. Neste ano de 2019, o filme “Green Book – o Guia”, de Peter Farrelly, que conta a história de um pianista negro que vira amigo de seu motorista branco, levou o Oscar de melhor filme.
Dentre outras premiações para negros, Spike Lee, famoso cineasta da causa negra, ganhou o prêmio de roteiro adaptado em virtude do filme Infiltrados da Klan, que mostra um policial negro se infiltrando na organização racista da Ku Klux Klan. Ao todo, sete artistas negros levaram o Oscar em 2019.
A política aí entra na questão demagógica dos prêmios. Procura-se apresentar essa premiação dos negros como uma celebração da diversidade do Oscar, e não um espetáculo de demagogia com os negros, o que de fato o Oscar faz.
Em primeiro lugar a premiação de negros demorou quase décadas para acontecer, e quando acontecia era em casos muito específicos. Negros não eram bem vistos nos cinemas, nas produções, muito menos nas premiações.
Com o aumento do peso social do negro, conquistado através de centenas de manifestações, o Oscar se vê obrigado a premiar algum negro, sempre, para evitar acusações de racismo e para fazer demagogia.