Estradas com bloqueios, transportes fechados, perseguição policial nas ruas e um estado de sítio não oficial, tal é a situação dos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro.
No caso fluminense, o estado é o segundo maior em número de atingidos pela pandemia do coronavírus. Seu governo, do fascista Witzel, responsável por atirar de helicóptero contra o próprio povo, agora persegue os moradores que por ventura desejam ir às prais, assim como acaba com todos os direitos democráticos, impedindo a realização de reuniões e atacando diretamente a organização política do povo.
O estado do Rio de Janeiro foi bloqueado em todo seu trajeto por terra, impedindo que ônibus interestaduais e até mesmo interurbanos venham a circular. O direito de ir e vir junto ao direito de organização política estão completamente cancelados. O estado de direito no Rio se foi, em seu lugar há a perseguição dos moradores e ataques a conquistas básicas, como a meia entrada e o passa livre, ambos destruídos durante a pandemia por Witzel.
Enquanto o povo morre nos hospitais devido as precárias condições de saúde pública, o povo na favela começa a sofrer com a proliferação mortal do vírus. Sendo assim, são largados para morrer sem qualquer direito a saúde e com um aprofundamento do massacre feito pelos aparelhos de opressão.
Em Santa Catarina a situação não é diferente. O estado catarinense foi um dos primeiros a decretar estado de emergência, impedindo totalmente a circulação de transporte público de qualquer natureza, fechando as rodoviárias e impedindo o acesso a ilha de Florianópolis por ônibus de turismo que chegavam na região.
Em todas as cidades do estado há inúmeras denúncias da ditadura imposta. Em Florianópolis as lojas foram fechadas a força pela PM, moradores de rua foram expulsos de seus abrigos e helicópteros avançaram contra moradores que estavam nas praias da região.
Não obstante, a polícia passou a cercar os bairros, invadir estabelecimentos ainda abertos, prendendo e atacando brutalmente os presentes. Estradas que ligam certas cidades já foram fechadas por bloqueios na pista, o cidadão catarinense teme a todo instante por um pé para fora de casa, não devido ao coronavírus, mas sim pela ação extremamente agressiva da polícia.
Fazendo rondas nas cidades, com um forte aumento no número de policiais, o estado catarinense montou uma verdadeira ditadura contra o povo com o pretexto do coronavírus. A exemplo de Curitiba, muitas cidades catarinenses começaram a apresentar diversos cortes no abastecimento de água em bairros populares. Empresas cortam o fornecimento de luz, internet, etc. A ditadura e o massacre contra o povo apenas começou.
Toda esta política seguida não vem de acaso. Nos últimos tempos o golpe fez inúmeros ensaios ditatoriais em diversos estados da federação. O próprio Rio de Janeiro já foi vítima de uma intervenção militar, e o Ceará recentemente viu o exército tomar as ruas para destruir a mobilização da PM local.
Agora, com o pretexto envolvendo a “saúde pública”, algo inexistente no país, os fascistas que governam os estados começam a dar uma introdução do que o resto do país pode esperar nas mãos de Bolsonaro. Enquanto a esquerda não age e sai as ruas, quem às ocupará serão os militares.