Da redação – A repressão golpista contra a cultura chegou nos artistas da Avenida Paulista em São Paulo. No dia 25 de janeiro, mais uma amostra da ditadura que está sendo implementada pela direita foi realizada. Agora no centro da capital paulista, que aos domingos fica fechada ao trânsito e aberta à cultura, ao lazer e à arte.
A banda de blues que tocava nas proximidades do Consulado da Itália – comandada por fascistas descendentes diretos de Mussolini -, quando a Polícia Militar decidiu expulsar o trio de músicos – que toca no mesmo lugar há quatro anos, desde que a o movimento de rua começou.
O governo da extrema-direita de São Paulo, tanto no município quanto no governo estadual, estão ainda mais alinhados com a política fascista, agora que o governo federal é controlado pelos militares e por Jair Bolsonaro. Recentemente, foi a abjeta censura do governo estadual do Rio de Janeiro contra uma exposição na Casa Brasil-França que abordava a tortura na ditadura brasileira.
Foram mobilizadas ao menos quatro carros da PM para remover e intimidar os músicos que foram obrigados a saírem do local tradicional e proibidos também de mudar para outro local. Uma típica ação da ditadura.
“As coisas agora mudaram”, teria dito o tenente arrogante da PM ao músico Fábio Pagotto, integrante de uma fusão das bandas Os Perdidos e The Esquina.
É preciso que os artistas se organizem para a autodefesa do seus movimentos, em todos os gêneros musicais que representem a classe trabalhadora, a classe artística, junto aos outros artísticas e movimentos sociais. O GARI (Grupo por uma Arte Independente e Revolucionária), convoca todos os artistas independentes a criarem Comitês de Autodefesa, contra o golpe para derrotar os ataques da direita.
A extrema-direita vem avançando contra movimentos artísticos em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Nordeste, bem como, destruindo Museus históricos, privatizando locais públicos, prendendo músicos de rap, matando a população negra que compõe movimentos culturais e censurando obras de arte.
Está na hora de os artistas se organizem politicamente contra o golpe e saírem às ruas junto a classe trabalhadora.