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Ditadura Militar argentina: quatro mil jogados em alto mar

Os vôos da morte, prática que foi comum durante as ditaduras do cone sul (Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia e Brasil), como parte da Operação Condor (aliança e cooperação entre os sistemas repressivos desses países), que consistia em despejar, de aviões ou helicópteros, em alto mar, pessoas vivas que incomodavam ao regime, acabam de ressurgir em novo relato.

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O ex-militar argentino Nelson Ramón González testemunhou, como parte do chamado caso Contra-ofensivo, que investiga crimes contra a humanidade cometidos pela ditadura civil-militar naquele país, e forneceu informações importantes sobre os vôos da morte, o mecanismo de sequestros, tortura e desaparecimentos executados pelo Exército Argentino, entre 1979 e 1980. O relatório foi publicado no último dia 27/07.

O ex-militar testemunhou perante o Tribunal Oral Federal 4 de San Martín e confirmou que se dirigia ao Campo de Mayo no momento da Contra-ofensiva, o nome com o qual ele foi chamado o retorno de um grupo de militantes Montonero ao país, entre 1979 e 1980.

González disse que as execuções dos militantes sequestrados Zucker e Frías ocorreram na área do campo de tiro do local, e que alguns chefes do exército participaram. Quando perguntado sobre o que os militares haviam feito após o tiroteio, González disse: “Com todo o respeito pelas suas famílias, eles foram fuzilados lá, debaixo de cobertas.”

Ele acrescentou que cerca de 4.000 pessoas passaram pelo Campo de Mayo, que foram jogadas vivas no mar. Como assinalou González, os voos de morte saíam da Companhia de Aviação: “Era sabido em todo o Campo de Mayo. Lá ficavam os aviões da Fiat e os vôos saíam de lá. Eram comentados por todos”, completou.

“González disse que falou tudo porque lhe pesava na consciência ter feito parte de um exército no qual ele não queria estar. O ex-militar também forneceu detalhes sobre a execução de Federico Frías, Marcos Pato Zucker e outras duas pessoas que ainda não foram identificadas.

Embora a solução para a ditadura argentina (assim como a chilena) foi muito superior à completa resignação brasileira, após a queda da ditadura, já que lá, algumas pessoas responsáveis foram julgadas e condenadas, como o ex-presidente argentino Jorge Rafael Videla (na foto do alto com o ditador brasileiro, João Baptista Figueiredo), que foi condenado à prisão perpétua e morreu nela, mesmo assim não houve uma punição em massa dos militares, embora o povo pedisse. Por causa disso, ainda há muita gente desaparecida e muitas informações que ainda não foram reveladas sobre os crimes. Contudo, nada se compara ao Brasil, onde todos ficaram impunes e muitos assassinos ainda dão seus nomes a estradas e outros locais públicos.

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