A Rainha Elizabeth II acaba de aprovar o polêmico pedido de Boris Johnson para suspender o parlamento britânico, que impossibilitaria a discussão sobre a saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo. Essa decisão chega num momento de tensão entre o parlamento e o Brexit, ao que parece, Johnson está receoso de ter o mesmo destino de Theresa May, que optou por sair do cargo de primeira-ministra por não conseguir dar andamento no Brexit.
Essa é uma manobra desesperada da extrema-direita, uma política completamente ditatorial que irá impedir uma ampla discussão sobre o Brexit. Objetivamente, essa aprovação, chamada de “prorrogação”, acontecerá entre os dias 9 e 12 de setembro e irá terminar no dia 14 de outubro.
Com o Parlamento fechado nesse período, não haverá tempo hábil para aprovar qualquer lei que possa impossibilitar o Brexit sem um acordo, impedindo os parlamentares de exercerem um papel democrático na saída do Bloco. Johnson já havia afirmado que respeitaria o prazo de debate sobre o Brexit, contudo, com o desespero batendo à porta, resolveu tomar medidas desesperadas como esse fechamento relâmpago do Parlamento britânico.
A aprovação do Brexit, que aconteceu em junho de 2016, foi com uma margem apertadíssima, 51,9% a 48,1%, o que fez com que o governo britânico esteja tentando até hoje um acordo com a União Europeia, principalmente tendo em vista que Johnson já havia afirmado que não pagaria a multa de 39 bilhões de euros aos europeus com a saída do Reino Unido da União Europeia.
O Partido Conservador de Johnson segue a todo vapor por essa aprovação sem acordos, toda essa polêmica fez cair a cotação da libra esterlina, atraindo críticas do mundo inteiro.