De todos os direitos dos trabalhadores, um dos mais importantes, abaixo apenas do próprio direito ao justo salário pelo trabalho prestado, está o direito de greve.
Sem o direito de greve os trabalhadores ficam reduzidos a pouco mais do que escravos. Em Belém, no Pará, essa situação esta bem evidenciada nas greves dos trabalhadores rodoviários, motoristas e trocadores, que estão parados a 5 dias, reivindicando melhores condições de trabalho e um pequeno reajuste salarial (10%).
No entanto o sindicato patronal sequer aceitou discutir a primeira reinvidicação, que era a instalação do ponto biométrico nos pontos finais das linhas de ônibus.
A portaria 1510/2009 inicialmente estabeleceu a obrigatoriedade do registro eletrônico de ponto, mas provavelmente por pressão dos empresários essa obrigação foi abolida, com isso o registro continua sendo feito manualmente, e como sabemos esse registro manual é prejudicial ao trabalhador, pois a possibilidade de ma fé na guarda e marcação desses registros por parte das empresas é quase que certa, e usada, alem de tudo, para intimidar e pressionar os trabalhadores.
Mas não é apenas isso, a justiça do trabalho, hoje ainda mais dominada por juízes coxinhas, estabelece multas para coagir o sindicato a pressionar os trabalhadores a voltarem ao trabalho, e quando isso não é o suficiente a própria polícia militar é usada como capanga dos empresários para obrigar os trabalhadores a voltar ao trabalho a força, assim como ocorria na época da escravidão os capitães do mato de hoje em dia vestem farda e atendem apenas ao interesse da burguesia.
É preciso resistir e seguir adiante nessa e em todas as greves promovidas pelos trabalhadores, com a tomada de consciência que ocorre durante esses movimentos grevistas o trabalhador terá condição de perceber o que ocorreu no país após o golpe de 2016 e as consequências da perda dos poucos direitos ainda existentes.