Da redação – A União Europeia se confirma cada vez mais como a ditadura de alguns países sobre a grande maioria dos componentes. Trata-se de uma aliança elaborada entre os principais bancos imperialistas da Europa – com destaques aos alemães e franceses que controlam o regime político.
O caso que aconteceu recentemente na Itália comprova o fato. Bruxelas (onde fica a sede da UE e o parlamento europeu) rejeitou o plano de despesas da Itália, elaborados para 2019.
A preocupação do imperialismo Europeu é que o governo da Matteo Salvini não leve adiante o projeto neoliberais dos bancos. No país, quem controla o governo é a extrema-direita com base em grupos fascistas.
Por isso, a preocupação dos bancos é real, pois trata-se de um grupo extremamente oportunista e imprevisível. Não são o núcleo duro da política do imperialismo. E assim como Donald Trump, podem acabar fazendo uma política que desagrada os interesses do capital financeiro. Uma política reacionária, muito impopular, e contra as alianças da “globalização”.
Entretanto, o mais chocante da situação é que o que foi feito pela União Europeia é uma verdadeira ditadura. Proibiram um país soberano de realizar o plano econômico por ele elaborado. Quer dizer, quem manda na Itália não são os italianos e nem mesmo o governo de direita da Itália, mas os banqueiros franceses, alemães e ingleses que utilizam-se de uma aliança supostamente progressista para coibir os países de exercer sua política.
E diante desta situação, a esquerda age de forma totalmente capituladora. Ao invés de denunciarem a ditadura europeia, optaram pela política da UE “contra” a extrema-direita italiana. Uma política totalmente equivocada que justamente favorece a extrema-direita; com as atitudes arbitrárias da falida UE, Salvini aparece sendo com coitado e o fato dele denunciar estas medidas, faz com que ele cresça. Enquanto isso, a esquerda decide defender a ditadura dos bancos, o que dá ainda mais espaço para o crescimento da extrema-direita.
A coisa certa a se fazer seria denunciar a política do imperialismo e atacar ao mesmo tempo a política contra os trabalhadores exercida pelos fascistas italianos. Apenas com uma política contra a UE a esquerda italiana, e europeia, podem crescer na situação política. Enquanto continuarem com esta demagogia, vão estar cedendo espaço para o crescimento da extrema-direita.