Mais uma liderança camponesa foi assassinada esta semana na Colômbia. Na quinta-feira (19), Marcos Rivadeneira se encontrava em uma reunião de camponeses quando homens fortemente armados chegaram ao local e o sequestraram. Meia hora depois chegou a informação de que este tinha sido assassinado, de acordo com relatos de testemunhas. O crime aconteceu em Nova Granada, ao sul do município de Porto Assis, departamento de Putumayo, sul do território colombiano.
Marcos era conhecido por organizar o movimento cocaleiro colombiano, sendo porta-voz do Comitê Operativo Colômbia, Europa, Estados Unidos (Coerupa), integrante do movimento político Congresso dos Povos e presidente da Associação Camponesa de Porto Assis (Coerupa). O dirigente liderou uma consulta popular que tinha por objetivo evitar a fumigação de glifosato a nível nacional.
A Coerupa denunciou publicamente a gravidade da situação da segurança no departamento de Putumayo às autoridades e ao governo Iván Duque, que jamais deu alguma resposta. Diferentes organizações e partidos políticos também já denunciaram a grave situação e os riscos à segurança das comunidades rurais, sem sequer receber atenção do governo e do presidente da República.
Já são mais de 100 lideranças políticas e sociais assassinadas na Colômbia nos três primeiros meses de 2020. Membros e candidatos pelas Forças Alternativas Revolucionárias do Comum (FARC), dirigentes sindicais, líderes camponeses, militantes de esquerda e de movimentos sociais têm sido alvo de perseguições e execuções. É amplamente denunciada a participação de militares das forças armadas colombianas, agentes das polícias e de membros de milícias paramilitares nos crimes políticos cometidos contra a esquerda e a população.
O governo Ivan duque é uma verdadeira ditadura a serviço dos interesses imperialistas na Colômbia. Vale destacar a influência que a CIA, o FBI e o Exército dos Estados Unidos possuem no interior do Estado colombiano. Não à toa, recentemente o país formalizou seu status como membro da Organização Tratado do Atlântico Norte (Otan) e exerce protagonismo nas provocações contra a Venezuela, no sentido de deflagrar uma guerra na América do Sul.