Depois de se colocar como protagonista direta na eliminação de dois times brasileiros na Taça Libertadores (Santos e Cruzeiro), a entidade que controla o futebol sul-americano, a Conmebol, investe novamente para cima do melhor futebol do mundo, buscando criar ainda mais dificuldades para uma das equipes nacionais que disputa uma das vagas à final da competição.
O Palmeiras enfrenta nesta próxima quarta-feira, dia 31 de outubro, o Boca Juniors, buscando descontar a vantagem do time argentino, que venceu a primeira partida pelo placar de 2 x 0, em Buenos Aires. Reverter a desvantagem é tarefa plenamente realizável para o time paulistano, que é tecnicamente superior ao time do país vizinho.
No entanto, o Palmeiras parece que não terá somente como adversário o Boca Juniors. O time dirigido por Felipão, se quiser chegar à final, terá que superar também a ditadura imposta pela entidade do continente. A interferência é tão grotesca e patética que fica até difícil acreditar na decisão da Conmebol. Os dirigentes da entidade decidiram que o time brasileiro que se prepara para enfrentar o difícil adversário não pode realizar seu treino preparatório diante de sua torcida. Parece brincadeira, mas não é.
Em comunicado à diretoria do Palmeiras, a entidade diz que “não permite que haja treino no mesmo gramado do jogo na véspera da partida”. (ESPN, 29/10). Como assim? O estádio é de propriedade do Palmeiras e quem decide ou deveria decidir é o próprio Palmeiras. Se o próprio time não vê problemas em abrir os portões para a presença de sua torcida no treino da equipe, como pode a entidade interferir nesta decisão? Trata-se de uma interferência não só indevida, como grotesca e arbitrária.
Esta é mais uma dentre as dezenas de outras arbitrariedades que a cartolagem oficial que comanda a entidade sul-americana vem impondo ao futebol do continente e que tem atingido, particularmente, o futebol brasileiro e os times nacionais que participam das competições oficiais do calendário sul-americano. Infelizmente, a conduta da diretoria do “Verdão” foi de baixar a cabeça para os pequenos ditadores da Conmebol, transferindo o treino para um outro local.
A numerosa e ativa torcida palmeirense deve protestar energicamente contra a decisão dos dirigentes da entidade sul-americana, exigindo a revogação da medida arbitrária e se posicionando pelo direito do time realizar seus treinamentos de portões abertos, independente da competição da qual o Palmeiras participe. Abaixo a ditadura da Conmebol!