Desde a madrugada de quarta-feira, protestos tomaram conta da capital colombiana, Bogotá, após a morte de um advogado pela polícia local. Ocorrência da qual foi gravada em vídeo, somando-se aos já ocorridos 53 massacres, apenas neste ano no país, impulsionados pela ditadura contra a oposição.
Em menos de um dia, 7 pessoas foram mortas pela repressão policial durante os protestos e mais de 360 foram feridas.
s relatos da brutalidade policial, que confrontava os manifestantes rodaram todo mundo, como este vídeo, onde um jovem foi espancado por policiais covardemente
#Atención🚨| Grave caso de brutalidad policial en Bogotá. A este joven lo golpearon sin detenerse ni un sólo momento. Patadas y bolillazos en su cara y cuerpo. #ColombiaEnAlertaRoja pic.twitter.com/Lr1O1urkHo
— Colombia Informa (@Col_Informa) September 10, 2020
Como não bastasse a enorme onda de repressão, o governo nacional colombiano ainda veio a anunciar, durante os protestos, o envio de mais de 850 policiais de outras regiões, e 750 ativos em Bogotá. Além disso, 300 soldados do exército colombiano foram também chamados a reprimir os manifestantes
Os acontecimentos na capital da Colômbia são um reflexo do massacre realizado pela ditadura impulsionada pelo imperialismo, que, desde o desarmamento das FARC, promoveu a morte de mais de 700 líderes de esquerda, além de 225 ex-combatentes. A revolta não poderia ser mais natural.
Esta crise na Colômbia, aprofunda-se constantemente, obrigando até mesmo a setores da esquerda a discutirem uma retomada da luta armada.
O cenário coloca a necessidade de uma intervenção direta das organizações de esquerda na crise, esta é uma ditadura brutal que só acabara com a sua derrubada por meio da mobilização do povo colombiano.
Os sinais dados pelos trabalhadores, que já protagonizaram fortes manifestações também nos anos anteriores, deixa as claras este problema. Bem como, explicita o profundo erro de largar as armas por uma suposta “paz” em correr uma eleição totalmente controlada pela ditadura. O massacre tende apenas a aumentar, porém a revolta popular cresce em paralelo no país.