A realização do 52° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sob organização da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal entre os dias 25 e 29 de novembro no Cine Brasília foi marcado por enorme repúdio dos presentes, onde a plateia protestou contra o profundo sucateamento das políticas públicas na cultura imposto pelo governo fascista de Jair Bolsonaro e pelo governador Ibaneis Rocha.
Durante discurso de abertura do secretário de governo da Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Adão Cândido, sua fala foi totalmente abafada por um coro de “Fora Adão!” e “Cadê o FAC?”, em referência ao cancelamento do edital do Fundo de Amparo à Cultura, no valor de R$ 25 milhões, ocorrido em maio deste ano.
Mais tarde, pouco antes do início da sessão com os filmes concorrentes ao prêmio, o ator Marcelo Pelucio pegou o microfone para ler uma carta do Movimento Cultural do Distrito Federal, que reúne diversas entidades artísticas, mas foi impedido por um segurança que tentou tirar a folha de sua mão, tendo logo em seguida o som do microfone cortado, com a plateia reagindo aos gritos de “censura”.
Na carta, além de criticar a suspensão do fundo, o documento ainda cita o não cumprimento de alguns aspectos da Lei Orgânica de Cultura (LOC), como um artigo que obrigaria a publicação do superávit do ano anterior no mês de janeiro.
Tal situação demonstra claramente a política da direita e da extrema direita que tem como bandeiras atacar e calar os setores mais progressitas do país como a cultura.
Veja o vídeo da censura no Festival: