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Repressão e violência

Ditadura boliviana persegue sindicalistas após greve geral

As instituições populares alertam os trabalhadores sobre o ressurgimento da perseguição política contra sindicatos e movimentos sociais e o recrudescimento da repressão policial

A recente greve geral ocorrida na Bolívia incluiu o fechamento de estradas para exigir a seriedade no processo eleitoral, já que as eleições foram várias vezes adiadas neste ano. A extrema-direita no poder com a presidenta ilegítima Jeanine Áñez, em retaliação às manifestações, persegue a todos os agitadores que se colocam contra o adiamento das eleições. 

O Ministério Público boliviano anunciou na quinta-feira que havia recebido 33 ações judiciais por processos criminais contra líderes desses setores, como consequência da greve geral realizada, e que foi ordenada pela Central Obrera Boliviana (COB) e por diversas organizações sociais. Mesmo depois da greve ter se encerrado com um acordo de que, com a garantia das Nações Unidas e da União Europeia, as eleições seriam realizadas ainda este ano. No entanto, o acordo deu lugar à perseguição contra os líderes, e daí as ações judiciais.

As instituições populares, como as organizações de direitos humanos, já alertam os trabalhadores sobre o ressurgimento da perseguição política contra sindicatos e movimentos sociais na Bolívia e um recrudescimento da repressão, em clara demonstração de afronta ao Estado Democrático de Direitos proclamados pela constituição boliviana, e que, depois do golpe de Estado, vem sendo cada dia mais ignorados, rebaixados e desprezados.

Os sindicatos anunciaram que apresentarão denúncia internacional pela perseguição de seus dirigentes e alertaram que também adotarão medidas internas de defesa da jurisdição sindical, que é amparada pela Constituição, além de declarar que entraram em vigília para garantir que as eleições gerais sejam realizadas no dia 18 de outubro, conforme decidido em lei expressa.

Com previsão inicialmente para o dia 3 de maio, as eleições presidenciais na Bolívia acabaram suspensas após determinação da presidente interina, Áñez, que chegou ao poder com a ajuda de um golpe de Estado. A suspensão é consequência de uma declaração que determinou a quarentena no país devido à situação de emergência do coronavírus, e foi tomada também pelos golpistas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral boliviano), em março, para cumprir o decreto de quarentena e adiar ainda mais a data das eleições, que foram fixadas para final de setembro, e recentemente o Tribunal Eleitoral remarcou o pleito para 18 de outubro alegando crise sanitária por conta da pandemia do novo coronavírus.

A extrema-direita golpista, representada por Jeanine Áñez chegou ao poder por meio de um golpe de Estado articulado pelo imperialismo: primeiro com apresentação de denúncia fraudulenta por parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), seguida de mobilização de milícias fascistas, das Forças Armadas e de elementos do interior das polícias. Com intimidações e assassinatos, buscam assim ganhar tempo, mas, por isso mesmo, se encontram diante de um profundo descrédito por parte da população.

Policiais e militares, que orquestraram o golpe, marcharam sobre as ruas bolivianas junto aos fascistas, enquanto o principal nome golpista entra no palácio do governo com homens armados e promove uma cena de puro cinismo, colocando a bandeira do país no chão e declarando de joelhos que (o golpe) seria uma vontade de Deus. Com o desenvolvimento da situação, Evo Morales foi obrigado a sair do país,  e os fascistas, aproveitando-se do momento, atacaram diversos trabalhadores nas ruas, torturaram militantes e governantes apoiadores de Morales na ocasião.

Por isso, a COB precisa radicalizar ainda mais as ações, única forma de derrubar o golpe. Organizar a classe operária e decretar uma greve geral por tempo indeterminado, não apenas contra o adiamento das eleições, mas até que o governo golpista caia e o poder passe para as mãos das entidades operárias e populares, é um imperativo na Bolívia e a única via de salvação do povo trabalhador contra a ditadura que sobre ele se abateu.

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