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Distrito Federal: 18 militantes de movimentos pela moradia são criminalizados

Na última terça (8), 13 militantes do acampamento Zilda Xavier, no Distrito Federal, foram presos pela Polícia Civil acusados de extorsão – cinco outros são considerados foragidos. Segundo o delegado responsável pela ação, além de extorquir regularmente moradores, o grupo seria responsável por crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) na região. Nenhuma das matérias divulgadas na imprensa burguesa porém especifica que mortes teriam sido essas, nem quem seriam especificamente as vítimas de extorsão.

Trata-se evidentemente de um aprofundamento na criminalização dos movimentos sociais decorrente do golpe de estado em curso no país, e claramente direcionada contra os movimentos de luta pela moradia a partir do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no último dia 1º.

O acampamento, que ocupa uma área pública de 10 hectares entre as cidades de Sobradinho e Planaltina, abriga mais de mil moradores organizados pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) e Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU). Desde 2012, a área se destinava a Habitação de Interesse Social, conforme o planejamento urbano do Distrito Federal, tendo sido ocupada pelos Movimentos em 7 de outubro de 2016.

Em 25 de outubro de 2016, porém, o juiz Pedro Oliveira de Vasconcelos emitiu uma ordem de despejo ao acampamento, alegando tratar-se de propriedade de Melita Leia Lopes. Trata-se evidentemente da expulsão dos sem-teto para permitir a invasão de valiosa terra pública por grileiros. Lotes na região já são anunciados para venda na internet.

O caso veio à tona há pouco mais de um ano, e diversos movimentos populares, como a CUT e a Via Campesina, se manifestaram em favor do MTD/MOTU, trazendo o caso à tona.

Na esteira do incêndio e desabamento de um edifício ocupado por sem-teto em São Paulo no último dia 1º, a burguesia golpista lançou uma campanha nacional de difamação e de criminalização dos movimentos de luta pela terra e pela moradia, acusando de extorsão inclusive a própria população carente do edifício que caiu. A imprensa golpista tenta qualificar de “aluguel” a contribuição mensal que os militantes fazem aos movimentos para tratar dos bens de uso comum.

Aproveitando o ensejo, a burguesia brasiliense não hesitou em lançar este violento ataque executado pela polícia ao acampamento Zilda Xavier, desarmando e criminalizando militantes que provavelmente constituem a milícia que a comunidade organizara para garantir sua segurança contra os pistoleiros dos grileiros.

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