A violência da Polícia Militar contra o povo atinge patamares cada vez mais elevados. Essa instituição estabeleceu um regime de terror contra os trabalhadores, a população pobre e, em especial, contra a população negra. Nesta semana em que se noticiou o sinistro recorde de assassinatos cometidos pela Polícia do Estado do Rio de Janeiro contra a população, outra notícia também causou espanto e perplexidade. Três adolescente foram espancados gratuitamente e de maneira selvagem por um policial militar no Estado do Espírito Santo, um deles após receber violentíssimo golpe, perdeu o baço.
O caso aterrador aconteceu no Bairro Mucuri em Cariacica, região da Grande Vitória, no domingo (dia 9), por volta das 22 horas, mas só ganhou maior notoriedade recentemente. Três adolescentes de 14, 15 e 16 anos brincavam próximo a casa de um PM, quando foram surpreendidos pelo militar, que voltava para sua casa.
O policial, por puro preconceito, rendeu os garotos, que são negros e da periferia do entorno, quando estes passavam próximos ao seu carro, mandou-os encostar em uma parede, agredido-os barbaramente, batendo a cabeça do mais jovem contra a parede, depois golpeando outro rapaz de 15 anos no abdômen, golpe que lhe partiu o baço ao meio, o adolescente foi submetido a cirurgia para retirada do órgão e passou uma semana hospitalizado em estado grave.
Ainda obrigou a saírem correndo, mesmo agredidos. O policial atirou enquanto os jovens corriam, não se sabe se para cima ou na direção deles. Esse, assim como inúmeros outro casos, demonstram de maneira absoluta que a Polícia Militar é uma instituição que exerce uma verdadeira tirania, um regime de terror permanente contra o povo pobre, negro e trabalhador do país, ou seja, contra a maioria dos cidadãos brasileiros.
A violência fascista cometida pelo PM contra os adolescentes não é, de maneira alguma, algo inusual, uma atitude desumana de um indivíduo, segue, na verdade, a conduta defendida e impulsionada pela instituição.
A Polícia Militar, assim como as demais, são instrumentos necessários da burguesia, do Estado burguês para oprimir um grande quantidade da população, submetendo-os a uma situação de semi-cidadania. Uma instituição sem o qual não haveria condições de impedir que esse grande contingente populacional reivindicasse seus direitos políticos, econômicos e sociais.
A Polícia Militar é inimiga dos direitos democráticos mais elementares, e sua existência elimina qualquer vestígio de democrática, pois sua função é impedir o exercício da cidadania e o usufruto dos direitos as massas populares, já que o capitalismo e o regime político não pode incorporá-los como cidadãos plenos. Pelo terror, pela violência, tirania exercem o controle social garantindo e consolidando a dominação da burguesia.
É direito do povo rebelar-se, inclusive pela violência, contra a tirania, o arbítrio e a perseguição. A Polícia Militar como uma órgão de terror Estatal contra a população de seus próprio país, deve ser completamente dissolvida. É preciso lutar por comitês de autodefesa nas periferias, no movimento de negros, de todos os setores oprimidos e explorados.