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Para derrubar Bolsonaro

Disposição dos estudantes precisa ser usada para mobilizar o povo

É preciso, além do ato solidário bem vindo à necessidade da população pobre, mobilizar os estudantes pela derrubada do governo de Bolsonaro.

No sábado (11), integrantes do DCE Mário Prata, Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lançaram uma campanha de solidariedade em ajuda aos universitários em vulnerabilidade em meio à crise sanitária e econômica que enfrenta o país. Intitulada “Eles pelo lucro, nós pela vida”, a campanha é a expressão da urgência de suporte aos estudantes, agravada pela política neoliberal do governo Bolsonaro, que é de total descaso com a população e de servilismo aos bancos, qualquer que seja for a situação.

As últimas notícias em relação ao vírus acusam que o Brasil tem 22.169 casos confirmados do vírus. Além disso, ainda estão na casa dos milhões a espera pelo resultado dos exames, e outros tantos a espera da compra de novos testes — testes esses que ninguém nunca viu e certamente nunca vai ver. Dentre esses casos, ao menos 1.328 pessoas já vieram a óbito em decorrência da doença no Brasil.

Quando dizemos que a política da extrema-direita para o país é de guerra contra a classe trabalhadora, não se trata de um exagero, sob nenhum aspecto. As mentiras contadas pelo presidente ilegítimo procuram esconder o potencial de mortalidade da doença: cerca de 1/4 das vítimas que vieram à óbito estava fora do grupo de risco!

Essa situação atinge diretamente os filhos da classe trabalhadora e, como não poderia deixar de ser, os discentes. Os protestos bolsonaristas que pedem a volta dos trabalhadores à qualquer custo é uma expressão dessa política assassina e aloprada, pois não é a burguesia quem coloca a mão na massa.

Sabemos que muitos estudantes da UFRJ dependem da venda de doces na faculdade ou de fazer bicos para garantir sua renda e nesse momento estão passando grandes necessidades.

Este trecho da nota de divulgação da campanha denuncia muito bem a situação dos estudantes nas universidades. Isso significa que as bolsas de auxílio estudantil nunca foram suficientes para a sobrevivência dos jovens oriundos da classe trabalhadora na universidade. Além das bolsas, mesmo a existência dos Restaurantes Universitários (RU) não é capaz de colocá-los em situação digna de dedicação ao estudo. É possível imaginar a situação a que os estudantes estão largados durante a pandemia, que é de desistência total do vínculo com a universidade.

A ação do DCE Mário Prata tem o objetivo de distribuir “cestas básicas aos estudantes que estão passando por dificuldades e procuraremos também atender demandas específicas fundamentais as suas vidas”.

É preciso pensar na situação dos trabalhadores, estagiários, pequenos aprendizes que estudam em faculdades particulares, estas que não pararam de cobrar suas mensalidades. Os trabalhadores pagam seus estudos com o próprio salário, dinheiro que não fica retido em suas mãos. No entanto, a situação geral é de suspensão dos salários e bolsas fornecidas pelas empresas e prefeituras, e as faculdades começam a expulsar e/ou demitir os estudantes.

Em depoimentos exclusivos a este diário, estudantes relataram sua demissão como estagiários ou suspensão de suas bolsas no estado de Pernambuco e a preocupação de como manter seus vínculos estudantis. Observaram ainda que o auxílio governamental ainda não tinha sido liberado. Nessa situação, fica ainda mais claro quando dizemos que o auxílio que o governo Bolsonaro dá aos trabalhadores é uma esmola, uma política de cala-a-boca. É preciso denunciar esse governo, inimigo dos estudantes e dos trabalhadores.

Neste período fica evidente a solidariedade dos estudantes e a classe trabalhadora para com seus pares que, desesperados, são forçados a situações indignas diante da política arrasadora da direita. A ação é de solidariedade, um sentimento bem vindo entre nós, mas a necessidade dos estudantes é de despertar para o enfrentamento geral do governo fascista de Jair Bolsonaro e sua corja. O ato de solidariedade, – enquanto política -, é típica dos golpistas ricos, que justificam com ‘atos de bondade’ sua política de miséria aos trabalhados.

A crise sanitária é agravada pela política da extrema-direita contra a população pobre, situação que deve ser denunciada, e a solução é a derrubada do governo fascista.

É preciso, além do ato solidário, mobilizar os estudantes pela derrubada do governo de Bolsonaro. A crise econômica causada pelo coronavírus serviu para escancarar as reais intenções do governo da direita. Em cada oportunidade de provar seu valor, a direita mostra que é inimiga da população pobre. Só será possível enfrentar a crise atendendo às reivindicações urgentes dos estudantes pelo fim do governo golpista. É propósito deste enfrentamento formar conselhos populares para mobilizar as universidades.

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