Fascistas atacaram a residência do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) na madrugada do último sábado (23), atingida por uma uma bomba. No momento, Renê Munaro, presidente do sindicato, estava no pátio da empresa, mas seus familiares estavam em casa.
O ataque se deu em meio a uma luta dos trabalhadores contra a privatização da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), responsável pela coleta de lixo em Florianópolis (SC), que estão em greve contra os ataques do prefeito Gean Marques Loureiro, do golpista Democratas (DEM). A direita fascista, cuja prefeitura tem total responsabilidade pelo ocorrido, tentou assassinar o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis, Renê Munaro, bem como seus familiares.
Renê Muraro, no momento da explosão estava no Centro de valorização de Resíduos (CVR), porém, seus familiares estavam em casa. Por sorte não aconteceu nada com eles.
“Eu recebi a informação através de vizinhos. Eu já não estou dormindo em casa por recomendação. Eles me informaram pelo barulho e também pela fumaça. Então eu acionei a polícia”, disse Renê Muraro.
Durante todo o período do golpe, que até agora não fechou por completo, casos como esses ocorreram contra a classe trabalhadora, sua direção, nos partidos de esquerda, como ocorreu com nossa imprensa online, onde mais de quatro mil artigos tinham desaparecido, como também ocorreu na sede do PT de São Paulo, onde jogaram bomba e assassinatos de inúmeras lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
Essa política fascista advém da crise econômica e social aguda e a fraqueza do movimento operário. E é o grande capital que a impulsiona, organiza, investe, o sustenta e lhe entrega o poder quando já não consegue manter e expandir seus interesses pelos meios tradicionais.
No caso de Florianópolis, o interesse por abocanhar uma fatia importante de recursos da prefeitura evidencia tal propósito, tanto é assim que o prefeito Gean Loureiro, diante dos trabalhadores da Comcap em greve, resolveu beneficiar uma empresa amiga dos golpistas, a empresa do grupo Amazon Fort.
Entregues à própria sorte
No caso dos trabalhadores, durante todo o ano de 2020, principalmente quando do início da pandemia do coronavírus, as direções do movimento sindical preferiram fechar as portas das entidades sindicais e deixar os trabalhadores à própria sorte, assim como fizeram em dezembro quando, apesar de estarem em férias, resolveram tirar férias. Deixando, desta forma, mais uma vez, os trabalhadores sem qualquer assistência.
No caso dos trabalhadores da Comcap, como uma excepcionalidade, existe uma luta contra a total terceirização da empresa, rebaixamento salarial e, consequentemente, de demissões e a privatização da empresa.
Os trabalhadores, inclusive, no dia 30 novembro de 2020, já havia entrado em greve devido ao descumprimento do acordo coletivo da categoria aprovado em 2019.
Os operários da Comcap entraram em greve e até ontem continuavam em greve e durante todo esse período ocuparam o Centro de Valorização de Resíduos (CVR), devido à tentativa da justiça, braço direito do governo, tentar impor o fim da greve e os trabalhadores permanecerem em greve, houve enfrentamento contra a polícia, etc.
Os trabalhadores devem ir às ruas
Os fascistas, financiados pelo grande capital servem como tentativa de freio ao avanço dos trabalhadores que, a exemplo dos operários da Comcap, apesar de ainda ser modesto, há uma tendência ao crescimento, portanto, os trabalhadores devem se unificar diante dessa e das demais lutas, diante do brutal ataque que, tanto os patrões quanto seus governos estão tentando impor ao conjunto da classe trabalhadora indo às ruas, ocupando empresas, etc..
As demais representações dos trabalhadores devem sair das férias e abrir os sindicatos e, desta forma, seguir o exemplo dos trabalhadores da Comcap e organizar uma intensa mobilização da cidade, de sua população e demais trabalhadores. Essa mobilização também deve ter como objetivo o de derrotar os fascistas, os párias da sociedade, bem como, seus financiadores, a burguesia.