Somente 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos, início do ensino médio, querem ser professores. Este dado é resultado de um levantamento realizado pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) junto ao Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015. O estudo mostra também que os jovens que querem se dedicar a carreira docente são os que têm notas mais baixas na avaliação Internacional, o Pisa. Logicamente, que estes números revelam o quadro dramático na educação no país e que caminha a passos largos para o completo colapso da rede pública de educação com a política dos golpistas; da direita; da extrema-direita.
O Pisa é uma avaliação Internacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) aplicada a estudantes de 15 anos que realizam provas de leitura, matemática e ciências. Dos 70 países países regiões avaliadas o Brasil ficou em 63 em matemática, 59 em leitura e 65 em ciências no referido ano. Ainda, segundo o estudo, os estudantes que que disseram querer dedicar-se a profissão docente obtiveram notas abaixo da média nacional em todos os quesitos, o contrário de outros países.
Essa situação se dá pela política da direita neoliberal; da burguesia golpista que sempre se colocou contra o direito do povo ao ensino público gratuito, um exemplo clássico é o PSDB de São Paulo que a cerca de 20 anos vem destruindo ensino do Estado, transformando o ensino público básico do Estado mais rico do país em um dos piores nacionalmente.
Condições de trabalho extremamente penosas, com falta de material básico, como papel higiênico e portas nos banheiros, por exemplo, escolas com a infraestrutura abandonadas, falta de professores e pessoal, baixíssimo salários – várias Estados pagam abaixo do piso da categoria – e de perspectiva de carreira. Até mesmo falta de merenda para as crianças e jovens, o que impacta diretamente no ensino. Cortes constantes de verbas são os meios que a direita se utiliza para encolher ao máximo a rede, forçando muitas pessoas a irem a rede privada, que é também de baixa qualidade, e assim ter argumentos para a privatização como saída para o ensino.
O ápice desta política de destruição vem com golpe de Estado, rapidamente as poucas conquistas realizadas nos governos do PT, consolidadas no Plano Nacional de Educação aprovado em 2014, foram destruídas quase que de imediato, a possibilidade de terceirização abre perspectivas ainda mais nefastas para a categoria, em suma: ser professor deixou de exercer atração para a pequena burguesia em geral e apenas um setor minoritário da classe operária mantém o interesse na profissão, seja por vocação ou outro motivo. Esse mesmo setor que foi educado na escola de baixa qualidade que a direita criou, a despeito dos enormes esforços dos educadores.
A educação formal é um elemento fundamental para o desenvolvimento, econômico e político do país, como também, humano, social, cultural e afetivo dos indivíduos. Para os golpistas, contudo, trata-se de cortar gastos, transferindo-os para os banqueiros e embrutecer ainda mais o povo.