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Falsificação golpista

Direita transforma Bruno Covas, inimigo do povo, em mártir

Os trabalhadores não veem em Covas ou na direita qualquer respeitabilidade e admiração, vê os ataques, a crueldade

 

Tão logo anuncia a morte do então prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), a imprensa golpista apressou-se para cumprir rapidamente sua função por excelência: falsificar a história. Bruno Covas, como qualquer tucano, é inimigo do povo e dos trabalhadores e com primor Covas exerceu este papel, desde confiscar cobertores de moradores de rua no inverno até uma política de morte na pandemia com mais 30 mil vítimas do vírus na cidade de São Paulo. 

Com sua morte, no entanto, a burguesia através da imprensa tenta mascarar a verdadeira face da direita e expor Bruno Covas como um grande político, como já tentam fazer há algum tempo montar a imagem de um político da direita tradicional, tão carniceira e podre quanto a extrema-direita, como civilizado, moderado, científico e democrático. Nada mais cínico que a direita inimiga dos trabalhadores tentar se passar por democrática e civilizada enquanto esmaga o povo com o desemprego, a pandemia, a miséria e a fome.

Dentre as falsificações lançadas na imprensa burguesa para limpar a imagem carcomida e decadente de Covas e do PSDB aqui vão algumas:

“Um jovem talento da política brasileira, que lutou bravamente contra a doença e, mesmo diante do momento mais difícil da sua existência, fez questão de se manter próximo do trabalho e da sua missão de cuidar da maior cidade do país. A partida de Bruno é uma grande perda no presente, mas também uma lacuna no futuro.”

“Bruno, embora ainda jovem, teve carreira pródiga em realizações. Foi deputado estadual, deputado federal, secretário estadual do Meio Ambiente em São Paulo, vice-prefeito e prefeito. Por todos esses cargos que conquistou pelo respeito e admiração da sociedade, deixou sua discreta marca de probidade, inteligência e realizações.”

Evidentemente existe uma grande distância entre o Bruno Covas pintado pela imprensa golpista e o Covas real, o qual os trabalhadores e a população mais oprimida de São Paulo conheceram e sentiram na própria pele os ataques por Covas e pela direita “civilizada”.

O Covas de verdade, só para dar alguns exemplos, foi o que em fevereiro desde ano, em plena piora da pandemia, ordenou a instalação de pedras na parte debaixo de um viaduto na Zona Leste de São Paulo com o único objetivo de impedir que moradores de rua da localidade se refugiassem embaixo do viaduto para dormir ou se proteger da chuva, sem mencionar quando o mesmo civilizado Covas mandou confiscar pertences de moradores de rua.

Covas pode ser lembrado também por, em menos de um ano, durante a pandemia, despejar mais de 1.000 famílias de suas moradias na favela do Jardim Julieta, no Parque Novo Mundo, zona norte de São Paulo e na Vila Dionísia, zona norte de São Paulo. Muitas destas pessoas não terão aonde ir, serão obrigadas a se tornarem moradores de rua, onde também serão perseguidas pela prefeitura direitista de Covas e agora seu sucessor.

Dá para perceber que Covas não gostava de moradores de rua – embora transformasse milhares de pessoas em moradores de rua promovendo despejos – mas o que Bruno Covas não gostava ainda mais era dos moradores de rua da cracolândia, um de seus feitos contra a cracolândia foi enviar a GCM atacar os moradores de rua do local com balas de borracha, spray e golpes de cassetetes.

A manobra da imprensa para montar uma imagem completamente diferente de Bruno Covas serve a um propósito bem definido que é impulsionar o PSDB, fazendo de Covas um nome que seria exemplo para o partido e para a população pela falsa imagem de alguém integro, forte, de caráter, que lutou contra um câncer enquanto administrava a maior cidade do País e que isto seria uma demonstração de comprometimento e preocupação com a população de São Paulo.

Quanto à sua administração de São Paulo o que temos são mais de 30 mil mortes pelo coronavírus, milhões de desempregados, ataques aos professores, imposição de aulas na pandemia, privatizações, e claro, perseguição a moradores de rua.

Pois bem, o que há de civilizado nisto? O que há de respeitável e admirável? Qual a probidade em agir como um nazista em um campo de concentração? Não há. Os trabalhadores não veem em Covas ou na direita qualquer respeitabilidade e admiração, vê os ataques, a crueldade.

Covas, e muitos outros tucanos e direitistas foram verdadeiros carrascos para o povo, foram verdadeiros fascistas. Os moradores de rua atacados, sem nenhuma perspectiva, sem teto e sem comida conseguem demonstrar mais humanidade, “probidade”  e “respeitabilidade” do que Bruno Covas e os civilizados da direita. Covas não foi um herói, foi um inimigo do povo, como qualquer político direitista.

 

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