Matéria do portal do IG, Brasil Econômico, destaca que Jair Bolsonaro chegou ao governo por causa das promessas de corte de gastos, ajuste fiscal, privatizações em larga escala. Mas hoje bloqueia um grupo das maiores estatais, dentre elas Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobrás.
A matéria cita compilação do jornal O Globo, onde concluem que 83% das estatais estão na lista de veto do presidente, as maiores. Juntas, todas as estatais somam mais de 700 bilhões em patrimônio líquido, incluindo o BNDES.
Atribuem o pedido de demissão do secretário de privatizações Salim Mattar à lentidão nas privatizações. E que o novo secretário, Diogo Mac Cord terá muito trabalho pela frente, uma vez que o governo não conseguiu privatizar nenhuma estatal. Além disso criou uma outra em novembro passado, a NAV Brasil, responsável por controlar o espaço aéreo.
Ao todo as estatais empregam 476 mil brasileiros e fazem parte da troca de cargos por benefícios políticos pelo governo. Estão em estudo de privatização 15 empresas, e o Guedes diz que até o final de 2020 vai privatizar três ou quatro.
O que assistimos é o presidente fascista numa “sinuca de bico”. Trocou os cargos nas estatais por benefícios de apoio político a seus projetos. Sendo que tinha prometido aos imperialistas privatizações em larga escala. Dizia que privatizaria tudo. Mas está verdadeiramente com a corda no pescoço.
A direita tradicional, junto o Centrão, colocaram ele no governo através das já conhecidas fraudes eleitorais, com a proibição da candidatura de Lula, campanhas pela imprensa golpista, etc. Mas agora não tem como cumprir suas promessas, o que faz com que a burguesia coloque a faca no pescoço dele para cumprir sua parte no trato.
Veremos o que ele será capaz de fazer para sair dessa situação e privatizar tudo, pois a burguesia imperialista, como sabemos, não brinca em serviço. Mas uma coisa é certa, o povo vai pagar a conta, como sempre, e o que está no cardápio do dia é aumento da fome, miséria, desemprego ainda maior.
Tudo isso em meio a pandemia que ainda estamos aumentando o número de casos e de mortes. Passamos dos 110 mil e rumo aos 200 mil. Só o povo nas ruas será capaz de deter essa mortandade e miséria que se aprofundam.
O povo precisa se unir em conselhos populares e traçar um plano de ação para reverter a crise econômica e a da pandemia. Só o governo operário será capaz de dar uma saída para essa situação.