“Não dá pra ‘desestuprar’ uma mulher” e que não é necessário “matar o embrião já que o estuprador poupou a vida da mulher”, esses foram os argumentos defendidos pela direita golpista fascista, através de Christiane Tonietto (PSL-RJ). Uma parlamentar que coloca sua opinião acima da lei e trata o assunto baseado em religião, moralismo e de forma policialesca. Ao obrigar uma mulher ter um filho fruto de estupro e ainda ter que conviver com o fruto desse ato monstruoso é sem dúvida a maior das maiores torturas contra a mulher.
O Estatuto do Nascituro volta a tramitar na Câmara, projeto que inviabiliza o aborto legal. O projeto pretende proibir o aborto sob qualquer circunstância. No Brasil, as únicas modalidades permitidas são nos casos de estupro, risco de vida para a mulher e anencefalia. Com esse estatuto o governo golpista quer impedir que o procedimento seja realizado mesmo nesses casos específicos.
Segundo a PL 478/2007, “o estado fica proibido de privar o nascituro de direitos mesmo que seja ‘deficiência física ou mental ou da probabilidade de sobrevida’, e também ‘causar qualquer dano ao nascituro em razão de um ato delituoso cometido por algum de seus genitores’, inclusive no caso de gravidez resultante de violência sexual, a gestante receberá acompanhamento psicológico e direito prioritário à adoção, caso queira. Já ao feto seria assegurada pensão alimentícia equivalente a um salário mínimo, até que complete 18 anos. Se o genitor não for identificado, caberá ao Estado o pagamento, chamado por alguns de “bolsa estupro”.
A direita tenta a todo momento colocar o problema do aborto como caso de polícia e passível de prisão. Mulheres fazem aborto todos os dias. Segundo a última pesquisa realizada em 2015, foi revelado que a cada cinco mulheres entre 18 e 39 anos pelo menos uma já realizou aborto.
A direita golpista dissemina uma política repressiva contra o aborto levando a mulher a um trauma sendo que o procedimento deveria ser tratado como algo tranquilo e seguro. O governo golpista estabelecido destrói os direitos da mulher o que nos leva a acirrar a luta, organizando as mulheres para um enfrentamento nas ruas contra os golpistas.