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Derrubar Lula, dominar tudo

Direita inventa nova acusação para perseguir Lula

Lula representa a luta dos trabalhadores, e a parcela mais pobre do povo brasileiro. Sua perseguição implacável pela direita objetiva garantir uma derrota irreversível da esquerda.

Lula é objeto de perseguição desde os tempos em que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Aliás, quando foi candidato ao Governos de São Paulo, em 1982, com o Partido dos Trabalhadores disputando sua primeira eleição, o acusaram de ter uma casa ‘de veraneio’ em Guarujá. Foi preso no âmbito da Lei de Segurança Nacional, por causa da greve dos metalúrgicos em 1980. Também por causa de um evento, em 27 de julho de 1980, quando estava no Acre, na cidade de Brasileia[1], Lula foi indiciado e depois julgado no STM, em 1984.

Desde que o Partido dos Trabalhadores foi criado, os ataques a Lula e ao PT seguiram o mesmo esquema de ataques aos partidos de esquerda e aos sindicatos e movimentos sociais, tidos como inimigos da burguesia.

Se Lula foi poupado diretamente, num primeiro momento, no show pirotécnico do chamado Mensalão (AP 470), quando acabou seu segundo mandato e tendo conseguido fazer sua sucessora no Planalto, com altos índices de aprovação, o plano foi ataca-lo violentamente e sem trégua, a fim de destruir o que poderia ser um legado que renderia ao partido do ex-presidente uma sobrevida que a burguesia não podia permitir.

Atualmente, existem 7 (sete) ações contra o ex-presidente Lula tramitando na Justiça. Sendo um deles relativo ao Instituto Lula e a suposta compra de um terreno para uma nova sede da entidade (que jamais foi construída e cujo terreno jamais foi, de fato, comprado ou entregue ao Instituto Lula).  Esse processo anda está tramitando na primeira instância e não há sentença proferida.

Após outro show levado a cabo pela Polícia Federal, em que se tenta incriminar um dos filhos do ex-presidente Lula, no dia 23 de dezembro o delegado da PF, Dante Pegoraro Lemos, conclui um relatório, sobre o Instituto Lula, sobre as palestras de Lula (que também já foram objeto de outro processo), sobre o mesmo suposto terreno objeto de uma suposta propina da Odebrecht, e, mais uma vez, indicia Lula, Paulo Okamoto, Antônio Palocci e Marcelo Odebrecht, sob a acusação de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Considerando que o inquérito policial é de novembro de 2015 e o suposto fato que lhe deu vazão seria de novembro de 2013, não deixa de chamar a atenção o momento em que o delegado da Polícia Federal, agora sob o comando do ex-juiz e adversário político de Lula, Sérgio Moro, o conclui.

O relatório admite que as palestras de Lula eram legais, mas ignora os delatores que inocenta o Instituto Lula e o próprio ex-presidente Lula de ter solicitado ou recibo propinas. Apega-se à delação e Antônio Palocci, sem provas, e inventa um tipo de corrupção nova: “direcionamento de vantagem financeira a terceiros do círculo familiar do ex-presidente.”

O problema é que o Instituto Lula é uma instituição privada, não sendo, portanto, obrigado a abrir licitação pública para adquirir bens ou contratar serviço. No final, a conclusão é a de que não houve superfaturamento, nem contratos fantasmas. Restou criminalizar o Instituto Lula, organização privada, por contratar a empresa de um familiar.

Quanto a doações da Odebrecht, mais uma vez fica escancarada a perseguição política. Enquanto para outros institutos, como os de FHC, não há crime, mas quando se trata de Lula e do PT, não há dúvida de que se trata de propina.

Isso não vai parar. Com Lula solto e batendo em Bolsonaro e nos golpistas, a direita vai intensificar os ataques a ele e ao PT, assim como aos movimentos sociais e demais partidos de esquerda, usando o Sistema de Justiça, que domina por dentro.

Mais que nunca, é preciso mobilização. Não basta denunciar, mas agir, exigir o fim desse governo e esclarecer que toda a direita apoia a destruição dos direitos trabalhistas, o fim das políticas sociais, o travamento de qualquer tentativa de reforma agrária, redistribuição der renda de qualquer tipo (seja por facilitar o acesso à casa própria, Bolsa Família, remédio gratuito, salário mínimo com aumento real etc), a destinação do dinheiro dos impostos para rentistas e grandes bancos.

A anulação dos processos contra o ex-presidente Lula é fundamental. Cada ataque a Lula é uma preparação para ataques mais e mais violentos contra o povo, contra os trabalhadores. Conclamamos, portanto, por mobilização permanente, principalmente com o fortalecimento e a ampliação dos comitês de luta contra o golpe, principal instrumento político da luta contra o golpe e o fascismo.


NOTA:

[1] Lula estava em Brasileia (AC), participava de uma assembleia do sindicato rural da cidade em 27 de julho de 1980 com cerca de 4.000 seringueiros. Seis dias antes da assembleia, o presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Brasileia, e presidente da Comissão Municipal do PT, Wilson Pinheiro de Souza, foi assassinado com tiros pelas costas. Durante a assembleia, Lula teria dito a seguinte frase: ‘Chega de trabalhador chorar a morte de companheiro. Está chegando a hora de a onça beber água’. No dia seguinte, o capataz de fazenda Nilo Sergio de Oliveira foi executado por trabalhadores rurais. Dessa forma, por causa do discurso, Lula foi acusado de incitar a violência e foi enquadrado por subversão no artigo 36 da Lei de Segurança Nacional, assim como também Chico Mendes (naquele momento, vereador de Xapuri pelo PT), José Francisco da Silva (presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura no Acre), João Maia da Silva Filho (delegado da confederação em Brasileia) e Jacó Bittar (secretário do PT).

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