As criminosas operações do governo Bolsonaro contra os pequenos produtores e comunidades assentadas em todo Interior do Brasil têm se tornado cada vez mais frequente, representando um retrocesso na política de reforma agrária, favorecendo a concentração de terra nas mãos de poucos latifundiários, especuladores, madeireiras e mineiradoras, num modelo econômico predatório, exportador, que empurra milhões de desabrigados para as grandes cidades.
Na manhã dessa quinta-feira (19/9), as 55 famílias que trabalhavam há 16 anos nas terras do Acampamento Margarida Alves – zona rural da Grande Recife – foram surpreendidas por dezenas de policiais que vieram cumprir uma reintegração de posse.
Como de costume, um batalhão chega no local e dá uma hora para que as famílias abandonem o local. Tudo o que produziram, as construções que levantaram para morar e os bens acumulados durante a vida, que não conseguirem carregar em 60 minutos, são destruídos pelos tratores.
A área cultivada tem aproximadamente 160 hectares, possui casas de alvenaria, escola, moinho de farinha, açude com peixes, animais, horta e pomar ecológicos. Tudo isso será destruído, além de centenas de vidas colocadas em risco, para beneficiar o enriquecimento de algum capitalista local, que não passa fome nem necessidades.